Após bloquearem a BR-262 por cinco horas, na barragem da Usina de Jupiá, que divide os Estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, fornecedores da Petrobras e do Consórcio UFN3, liberaram a via. O bloqueio iniciou às 6 e terminou às 11 horas e chegou a formar filas de carros com mais de 10
De acordo com um dos organizadores do bloqueio, Jair Panucci, a intenção dos empresários era chamar a atenção das autoridades para que a Petrobras e Consórcio UFN3, formado pelas empresas que construíam a Fábrica de Fertilizantes de três Lagoas, pagassem a dívida de mais de R$ 20 milhões com fornecedores e prestadores de serviço.
“Hoje à tarde (segunda-feira) vamos nos reunir, novamente, a fim de definir quais serão os próximos passos. Até agora ninguém da Petrobras e do consórcio se manifestou”, diz.
Durante o bloqueio, só podiam passar as ambulâncias e os carros que transportavam crianças de colo.
A manifestação reúniu mais de 70 empresários da Três Lagoas. Entre eles estão donos de restaurantes, donos de hotéis, donos de postos de gasolina, empresas de construção civil entre outros.
Dívidas trabalhistas
Em dezembro de 2014, um juiz trabalhista sequestrou R$ 50 milhões da Petrobras a fim de garantir o pagamento de salários atrasados de 1.700 trabalhadores, já que os créditos trabalhistas têm prioridade em relação às demais dívidas.
Desta forma, por não ter recebimento garantido pela justiça trabalhista, os fornecedores e prestadores de serviços se juntaram para receber seus créditos.
O consórcio
O consórcio UFN3 é liderado pela empresa Galvão Engenheria e Sinopec, ambas citadas na Operação Lava-Jato, deflagradas pela PF (Polícia Federal) no fim de 2014. Por suspeita de corrupção, esta operação prendeu diretores do alto escalão da Estatal e ainda denunciou deputados federais e senadores de diversos partidos.