Inaugurada há um ano e nove meses, a MS-436 que liga as cidades de Camapuã, Figueirão e Alcinópolis já conta com diversos buracos e remendos. Além disso, o asfalto, de qualidade duvidosa, que poderia estar intacto, vira farelo a cada passagem de veículo e as pedras usadas na pavimentação se soltam. A reportagem percorreu os 163,4 km da rodovia, que ficou pronta em abril de 2013, ainda na gestão do ex-governador André Puccinelli (PMDB) e descobriu inclusive carros cujos vidros se quebram e trincam quando atingidos pelas pedras.
Irineu Lopes, 52 anos, é trabalhador em serviços gerais nas fazendas da região. Ele tem um Uno Mille vermelho e comprou o carro com muito suor. Agora, terá de trocar o para-brisa do carro, porque na manhã de quarta-feira (14), enquanto seguia pela rodovia e cruzava outro veículo, uma das pedras soltas atingiu o vidro e o trincou. “Isso não acontece só comigo não, é geral por aqui, todo mundo passa pela mesma coisa”, lamentou.
Para ele, que mora na região há anos, a rodovia foi uma “bênção”, mas também pode se tornar uma “maldição”. “Isso aí (rodovia) foi muito bom, valorizou as fazendas né? Melhorou o acesso. Mas tem essa dos buracos e dessas pedras. Precisa de manutenção, porque o serviço (a pavimentação da rodovia) não foi bem feito”, disse. O produtor rural, Nilson Pereira Moraes, 33 anos, também teve vidros de sua caminhonete trincados e quebrados. “Acho que a empresa que fez isso aí não fez bem feito não”