Atentado contra agente penitenciário durou de 12 a 15 segundos, diz polícia
Crime aconteceu no Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado de Campo Grande MS. / Foto: Nadyenka Castro/G1 MS

O atentado contra o agente penitenciário de 44 anos ocorrido na manhã desta quarta-feira (11), em Campo Grande, durou de 12 a 15 segundos. A informação é do delegado Bruno Henrique Urban, da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro, com base em imagens de câmeras de segurança. A Agência de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) irá divulgar uma nota sobre o homicídio.

Segundo informações do delegado, o suspeito entrou no Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado, que fica na Vila Sobrinho, pelo portão lateral, e foi direto ao servidor, que estava na portaria e fazia controle da saída de presos, pois eles só dormem no local.

"Ele [suspeito] olhou para a vítima, atirou e saiu. Não falou nada", disse a autoridade policial, baseado em relatos de testemunhas. De acordo com Bruno Urban, as câmeras externas flagraram o suspeito entrando e saindo do local, mas não foi possível visualizar se há mais envolvidos e como ele fugiu.

Pelas imagens, os policiais verificaram que a pessoa que matou o agente penitenciário tem aproximadamente 1.70 m de altura. O suspeito estava com capacete, encapuzado e vestia blusa de manga comprida.

Ainda conforme Bruno Urban, a perícia verificou que o servidor foi atingido por 3 ou 4 disparos. Um projétil foi encontrado no chão, aparentemente de calibre 38. O tiro acertou um computador, transfixou uma divisória e o projétil parou no chão da unidade penal. O calibre será confirmado pela perícia.

O delegado disse também que não há informações de que a vítima estaria sendo ameaçada e que no momento do crime, havia outro servidor próximo.

Vítima

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Sinsap/MS), André Luiz Garcia Santiago, a vítima era agente penitenciário há 10 anos e não havia comentado sobre ameaças.

Segundo Santiago, o servidor era "uma pessoa idônea". "Talvez pelo fato de exercer de forma correta o trabalho tenha acontecido isso", diz. O trabalhador deixaria o plantão às 8h (de MS).

Números

O sindicalista fala ainda que no momento do crime, dois servidores estavam no presídio com 404 detentos. No estado, segundo ele são 13,4 mil presos para 1,4 mil agentes. "Tenho informado sobre a situação caótica".