O Corpo de Bombeiros de Ferraz de Vasconcelos (SP) divulgou um vídeo que mostra o resgate de um filhote de cachorro de quatro meses. O animal ficou preso em um cano de saída de esgoto em uma casa na Vila Açoreana, em Poá (SP), na tarde de terça-feira (21).
Durante o resgate, os bombeiros se guiaram pelo choro do cãozinho. "Ele chorava um pouco e parava. É como se ele mandasse um sinal dizendo 'não desiste, porque eu estou aqui'. Chorava um pouquinho e parava", detalha a bombeira Fatma Mousa.
O vídeo mostra um dos bombeiros com uma ferramenta elétrica, cortando o cano de esgoto em que o cão se encontra. Com cuidado, ele serra o encanamento exatamente no ponto onde o animal está, em meio ao esgoto, sem feri-lo. O cãozinho em seguida é entregue à dona.
Como foi o resgate
Segundo a corporação, o filhote deve ter andado de 10 a 12 metros dentro do cano até ficar preso. "Pelo choro localizaram o filhote e cavaram meio metro de profundidade com extremo cuidado, para não afetar o cano em que estava o cachorro", explica Mousa.
Ela conta que seis integrantes do Corpo de Bombeiros de Ferraz ajudaram no resgate. A maior dificuldade foi mesmo encontrar o filhote. "A operação inteira durou quase quatro horas. Foi uma dificuldade grande encontrar o filhotinho, porque o cano está a meio metro de profundidade. O trabalho foi bem minucioso mesmo e, por isso, demorou tanto. Se localizasse o ponto errado, se cortasse [o cano], podia cair terra nele", aponta.
Outro vídeo feito por um dos bombeiros mostra o local por onde o filhote entrou. Em seguida, o bombeiro percorre alguns metros até mostrar o ponto onde ele foi resgatado.
Segundo Fatma Mousa, eles utilizaram uma serra sabre para cortar o cano com cuidado, sem machucar o cão.
"Tem um momento no vídeo em que ele chora, mas não é porque a serra o machucou não, é porque ele estava com muito medo. É escuro e tem um cheiro forte. Fora que ele ficou muito tempo sozinho, ele deve ter ficado no mínimo umas seis horas ali", diz Mousa.
"A dona, uma idosa de aproximadamente 60 anos, achou que o cão sairia morto", lembra a bombeira. "Na hora em que ela pegou ele no colo, nem ficou com nojo, não. Pegou ele, já deu banho e ele ficou quietinho."