Bradesco paralisado novamente em Dourados em protesto contra demissões

Nesta terça-feira (19) sob a coordenação do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região, os bancários do Bradesco, mais uma vez, cruzaram os braços em protesto contra a onda de demissões imotivadas que o banco vem fazendo em todo o Estado. De janeiro até agora já foram mais de 20 desligamentos sem justa causa. A maioria delas em cargos de gerência e administrativo.
 
Segundo Janes Estigarribia, presidente do sindicato, “na quinta-feira da semana passada já havíamos protestado contra as demissões com a paralisação, durante todo o dia, de uma agência que havia demitido e demos o recado a regional da empresa.”
 
“A cada nova demissão, nova paralisação, ou seja, demitiu parou. Infelizmente a resposta do Bradesco veio na sexta-feira com mais uma demissão, desta vez na Agência Prime, por isso a paralisação de hoje.” Declarou Estigarribia.
 
O protesto nesta terça-feira aconteceu em 02 agências, a Agência Prime, que fez a demissão e, também a Agência Centro. Ambas funcionam no mesmo prédio e não abriram as portas para atendimento ao público nesta data.
 
Campo Grande – Na capital do Estado também há protesto contra as demissões, com mais 06 agências fechadas nesta terça-feira sob a coordenação do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região. A luta é pelo fim imediato das demissões, por mais contratações, contra as insuportáveis metas e, ainda pela falta de segurança em algumas unidades.
 
Bradesco, lucros e demissões
 
Segundo maior banco privado brasileiro, o Bradesco teve no primeiro trimestre de 2015, lucro líquido de R$ 4,274 bilhões, o que significou um crescimento de 23,1% em relação ao mesmo período de 2014. Apesar disso cortou 4.569 postos de trabalho em 12 meses.
 
Além disso, o banco fechou 17 agências no Brasil para abrir 18 novos postos de atendimento e 2.613 correspondentes bancários Bradesco Expresso, onde a mão de obra é terceirizada e estão disponíveis poucas opções de transações para os correntistas. Desrespeitos de uma empresa que quanto mais lucra, mais maltrata o trabalhador e seus clientes.

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