O Brasil caiu, ontem, 13, para sexto lugar no quadro geral de medalhas dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. Mesmo tendo conquistado mais duas medalhas de ouro, duas de prata e sete de bronze, o país está atrás de Colômbia e México, que ocupam a quarta e quinta posições, respectivamente. Canadá, Estados Unidos e Cuba lideram ocupando as três primeiras colocações na competição.
Os dois novos ouros brasileiros vieram das vitórias de Thiago Camilo, do judô na categoria até 90 quilos (kg), e de Isaquias Queiroz, na canoagem velocidade. As pratas foram alcançadas pela dupla Ingrid de Oliveira e Giovanna Pedroso nos saltos ornamentais sincronizados na plataforma de 10 metros, e pela dupla Isaquías Queiroz e Erlon Silva, também na canoagem velocidade. A modalidade fez ainda dois bronzes, vindos de Ana Paula Vergutz e da dupla Celso Oliveira Junior e Vagner Junior Souto.
Os outros cinco bronzes foram conquistados por Maria de Lourdes Portela, do judô, na categoria até 70 kg; Mariana dos Santos Silva, também do judô, na categoria até 63 kg; Vitor Penalber, ainda do judô, na categoria até 81 kg; Bruna Luana Nascimento Piloto, no levantamento de peso, categoria até 63 kg, e Flávia Saraiva, na ginástica artística.
O bronze de Flávia Saraiva teve um brilho especial. A ginasta, de 15 anos – a atleta mais jovem da delegação brasileira – disputou na prova individual em todos os aparelhos e encantou as cerca de 5 mil pessoas presentes no Ginásio Toronto Coliseum. Em várias de suas evoluções nas barras assimétricas, no cavalo, e mesmo na trave, onde teve um rápido desequilíbrio, a platéia aplaudiu a atleta. Mas foi no solo que Flávia conquistou o público, esbanjando graça nos movimentos e simpatia no sorriso largo. À medida que desenvolvia sua rotina sobre o tablado, os espectadores acompanhavam o ritmo da música tema com palmas.
A razão para o carisma? A pequena de 1metro e 33 de altura, explica: “Eu me sinto solta no solo, eu gosto de fazer a coreografia linda, sorrindo, sendo carismática, feliz.”
Em seu primeiro Pan, a moça com jeito de menina diz que não esperava a medalha: “Eu não tinha certeza. Eu estava vindo para dar o meu melhor. Aí, dei o meu melhor e ganhei a medalha”. Espontânea e carinhosa, Flávia dedicou o prêmio à amiga e também ginasta Rebeca Andrade, que não pode vir para Toronto por causa de uma lesão no joelho.
“Eu queria dedicar isso daqui para a Rebeca. Eu fico muito feliz com essa medalha, mas ficaria muito mais feliz se ela estivesse aqui,” declarou.