Agências dizem ter provas de que o herbicida não provoca câncer.
A Comissão Europeia autorizou a utilização de glifosato na União Europeia por mais 10 anos, depois de os Estados-membros não terem chegado a acordo sobre a proibição da sua utilização.
O glifosato é um herbicida de amplo espectro usado para matar ervas daninhas, especialmente as folhosas perenes e gramíneas.
A Agência Europeia dos Produtos Químicos afirmou, numa avaliação em julho passado, que não tinha encontrado áreas críticas de preocupação para a renovação da utilização deste produto para além do dia 15 de dezembro, quando expirava o prazo de autorização.
Pela segunda vez, os países da União falharam um entendimento e não foi possível alcançar uma maioria qualificada a favor ou contra o plano apresentado e, neste caso, o executivo da União Europeia avança com a sua própria proposta.
Desta forma, foi autorizado o uso do glifosato por mais 10 anos mas sujeito a determinadas condições e novas restrições como a proibição da utilização pré-colheita como dessecante e a necessidade de determinadas medidas para proteger os organismos não visados.
No entanto, a Comissão Europeia recorda que os Estados-Membros são responsáveis pelas autorizações nacionais dos produtos fitofarmacêuticos que contêm glifosato.
Cada país continuará, por isso, a ter a possibilidade de restringir a sua utilização a nível nacional e regional, se o considerar necessário.
Embora a Organização Mundial de Saúde tenha alertado, em 2015, para os riscos cancerígenos do glifosato, a Agência Europeia para a Segurança dos Alimentos e a Agência Europeia dos Produtos Químicos afirmaram ter provas científicas para classificar o herbicida como não cancerígeno.