Qualquer criança sabe da importância de não furar fila nem provocar um empurra-empurra. Mas um novo projeto desenvolvido no Japão pode ajudar a acabar com os torturantes minutos (ou horas) de espera.
A cadeira ProPilot usa a tecnologia por trás de carros sem motorista para organizar uma fila mesmo quando as condições não são muito confortáveis.
O projeto é uma espécie de "filhote" dos carros semiautônomos ProPilot, desenvolvidos pela montadora japonesa Nissan, e está um passo adiante da cadeira que estaciona sozinha em salas de conferência, também uma criação da empresa.
A Nissan anunciou que vai iniciar testes com a cadeira robótica em 2017, instalando algumas delas em restaurantes badalados onde não se entra antes de muitos minutos na fila.
O sistema ProPilot, que foi lançado na minivan Serena em agosto, tem por objetivo reduzir o estresse de dirigir em meio a um tráfego pesado e congestionado, usando sensores que mantêm o veículo centralizado em sua faixa e a uma distância consistente em relação ao carro à sua frente.
Da mesma forma, a cadeira ProPilot alivia seus usuários do tédio de ficar em pé em uma fila. O objeto motorizado é dotado de uma base com um sistema elétrico de condução omnidirecional e com câmeras embutidas que monitoram a posição da cadeira à sua frente.
Sensores de peso detectam a chegada ou a partida de seu ocupante. As cadeiras vazias, então, automaticamente se retiram da frente da fila para ir para seu final, enquanto as demais avançam suas posições em um espaço pré-determinado.
Dessa forma, os usuários podem se entreter sem preocupações enquanto são transportados para a frente sem confusão alguma.
Cada vez mais idosos
É verdade que essa tecnologia pode piorar os hábitos de quem já é sedentário e antissocial. Ou pode ser que tudo não passe de uma jogada publicitária da Nissan para vender mais minivans.
Mas 27% da população japonesa tem mais de 65 anos, e as projeções são de que essa proporção chegue a 40% em 2050. Trata-se de um grande grupo para quem passar longos períodos de pé é um grande desafio.
E apesar da tecnologia evoluir cada vez mais no sentido de nos poupar de mais esforços físicos, a velha e boa tarefa de ficar em uma fila não parece dar sinais de que esteja à beira da extinção.