Os venezuelanos, agora, além de precisarem passar horas em longas filas para comprar coisas básicas como açúcar, remédios ou frango, um novo problema: camisinhas são difíceis de achar e quase impossíveis de comprar. Na internet é possível achar pacotes de 36 camisinhas por mais de R$ 2 mil, (4,760 bolivares venezuelanos).
"O país está tão bagunçado que nós temos que enfrentar uma fila até para fazer sexo", disse Jonatan Montilla, 31, ao Bloomberg. "Nunca tínhamos estado tão mal".
Nos mercados, sumiram de fraldas a desodorantes, tudo devido ao colapso do petróleo no país que importa quase tudo que consume e tem 95% de seu lucro na exportação. Com a queda do preço do principal produto exportado em 60%, o dólar está escasso e o país está a beira da falência.
O impacto da falta de acesso a preservativos pode trazer um grande mal a saúde. A Venezuela tem uma das maiores taxas de infecção de AIDS da América do Sul (terceira, atrás apenas de Paraguai e Brasil) e a maior taxa gravidez na adolescência do continente.