Nova rodada de negociação acena para mudanças nos rumos da greve dos bancários. Segundo o Sindicato da Grande Dourados, que congrega dezenas de municípios do sul do Estado, se houver acordo, a greve pode acabar.

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) acionou a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e Central Única dos Trabalhadores (CUT) para mais uma negociação da campanha salarial 2015. O encontro está marcado para hoje, às 16 horas, no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo.

A reabertura do processo de negociação acontece no 14º dia da greve nacional da categoria, que vem crescendo a cada dia e já havia paralisado 12.496 agências e centros administrativos. Em Dourados e Região a greve atingiu 100% de adesão com todas às 50 agências bancárias da base do Sindicato fechadas desde a semana passada.

Conforme noticiado pelo jornal DouradosAgora, a greve dos bancários tem a adesão de 100% da categoria em bancos públicos e privados. São 48 agências paradas em 11 municípios que compõem a base do Sindicato cuja abrangência atinge 13 cidades do sul do Estado.

Deste total, são 23 em Dourados, 04 em Maracajú, 04 em Caarapó, 04 em Rio Brilhante, 03 em Fátima do Sul, 02 em Nova Alvorada do Sul, 02 em Itaporã, 02 em Glória de Dourados, 02 em Deodápolis, 01 em Jatei e, 01 em Vicentina. Destas, 16 do Banco do Brasil, 13 da Caixa Econômica, 11 do Bradesco, 03 do Itaú, 02 do Santander e, 03 do HSBC.

Segundo a entidade, em relação às agências fechadas, a base é composta por 50 unidades, ou seja, apenas duas ainda continuam com atendimento ao público. As duas do Banco do Brasil, uma na cidade de Douradina e a outra em Juty. Nos bancos privados a adesão é de 100%, com todas as 21 agências de portas fechadas em decorrência da adesão de seus funcionários à greve.

Vale lembrar que, embora os bancários estejam em greve, o autoatendimento das agências está disponível para o uso da população, assim como, o pagamento de benefícios aos aposentados, pensionistas e afastados por problemas de saúde. Além disso, o serviço essencial também está sendo executado regularmente pela categoria como determina a legislação.

Somente no primeiro semestre deste ano, os cinco maiores bancos que operam no País (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa) lucraram R$ 36,1 bilhões. Um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, o setor que mais lucra no país ofereceu reajuste ilusório de 5,5%, o que representa perda de 4% diante da inflação.