"Gritavam pedindo ajuda", diz mulher que viu local de acidente que matou 7
Dois anos depois de perder um familiar no incêndio da Boate Kiss, Lilia da Silva se deparou com o acidente que deixou sete mortos em Santa Maria. / Foto: Estêvão Pires/G1

Moradora de São Pedro do Sul, na Região Central do Rio Grande do Sul, Lilia da Silva afirma que foi a segunda pessoa a chegar ao local do acidente que matou sete pessoas na noite de terça-feira (27), na BR-287, em Santa Maria. Ela conta que passou o dia na cidade para acompanhar as homenagens que marcaram os dois anos da tragédia na Boate Kiss, na qual perdeu um familiar. Quando voltava de carro para casa, se deparou com o acidente. “Foi horrível. Eles gritavam pedindo ajuda", afirma.

Abalada, ela não conteve o choro enquanto acompanhava de longe o trabalho de equipes do Corpo de Bombeiros, da perícia, da Polícia Civil e da Polícia Rodoviária Federal, com o carro estacionado às margens da rodovia, a poucos metros do cordão de isolamento da perícia.

Sete das oito pessoas envolvidas na colisão entre um Monza e um Twingo morreram. As causas do acidente ainda não foram divulgadas, mas, segundo informações preliminares, o Twingo teria invadido a pista contrária.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o Monza levava sete ocupantes, sem cinto de segurança, e era conduzido por um motorista sem habilitação. Foram encontradas bebidas alcoólicas dentro do Monza.

Morreram no local João Paulo Pereira da Silva, de 29 anos, Lucas Silveira Marques, de 20 anos, Luan Patrick Farias, de 19 anos, Luciele Bitencourt Escobar, de 29 anos, Leandro Silva Dias, de 20 anos, e Jéssica Santos Bitencourt, de 16 anos. Ariele Padilha da Cruz sobreviveu ao acidente, passou por cirurgia e segue hospitalizada.

O condutor do Twingo, Pierry André de Oliveira, de 44 anos, chegou a ser levado para o Hospital Universitário de Santa Maria, mas não resistiu aos ferimentos.