O investigador estava lanchando no Moreninha II quando ouviu um barulho, foi ver o que tinha ocorrido e acabou salvando uma vida.
Um auxiliar de logística de 24 anos foi salvo por um policial civil na semana passada, no bairro Moreninha II, em Campo Grande. Jefferson Almeida da Silva se envolveu em um acidente de trânsito e teve parada cardiorrespiratória. Os primeiros socorros e procedimento de reanimação foram prestados pelo investigador Diogo Tavares, de 32 anos, que estava lanchando nas proximidades.
Tavares retornava da faculdade, onde cursa Direito e resolveu parar em uma lanchonete. Ele estava aguardando pelo pedido quando ouviu um barulho e foi ver o que tinha ocorrido. “Vi que uma moto tinha colidido frontalmente com um automóvel e o motociclista já estava caído ao chão, com sangramento na cabeça”, recorda.
O motociclista era Jefferson que tinha acabado de bater em um Voyage. O policial orientou as testemunhas e o Corpo de Bombeiros foi chamado. Enquanto isso, ele começou a ajudar, fazendo uma massagem cardíaca na vítima. “Fui na carótida e no punho dele ver se tinha pulso e estava sem qualquer sinal, aí coloquei a cabeça no peito dele e não havia batimento cardíaco e nem movimento de tórax, foi então que percebi que estava em parada cardiorrespiratória”, explica.
Segundo ele, foram contabilizadas 12 compressões sem sucesso. Ele então resolveu parar de contar e fez inúmeras e de forma sequente, até vir o alívio. “Ouvi um suspiro e vi um movimento de mão dele, percebi que ele tinha voltado”.
O investigador fez perguntas para verificar o estado de consciência da vítima. Quando Jefferson já estava orientado o Corpo de Bombeiros chegou, comprovou a parada cardiorrespiratória e deu início a outros procedimentos antes de encaminhar Jefferson para a Santa Casa.
Estado de saúde - Em entrevista à assessoria de imprensa da Polícia Civil, a esposa de Jefferson, Kethellyn Pacheco, de 20 anos, comentou que o marido ainda não está fora de risco, porque teve alguns vasos da cabeça rompidos após a pancada. Mas está consciente e muito agradecido. “Se não fosse ele (investigador) meu marido tinha morrido”, afirma Kethellyn.
Kethellyn e Jefferson estão casados há anos, mas ainda não têm filhos. O plano agora é só voltar para casa com o marido. "Quero fazer um almoço para os nossos amigos, familiares e para o policial, como forma de agradecimento", finaliza.