Um jovem de 18 anos foi esfaqueado em várias partes do corpo por causa de dívida de drogas. O crime aconteceu próximo à antiga rodoviária de Campo Grande, no bairro Amambaí, na madrugada desta terça-feira (9).

A prefeitura de Campo Grande não respondeu sobre a segurança do local.

Segundo a polícia, o jovem foi ferido por golpes de faca no peito, costas e braços. A vítima está internada na ala vermelha da Santa Casa.

“Segundo relato da testemunha, a vítima estaria com autor e houve um desentendimento entre eles e acabou o autor desferindo cinco golpes de faca”, Sargento da Polícia Militar Vanderlei de Jesus Picardo

O crime reascendeu a discussão sobre um problema que existe há muito tempo na região, segundo moradores e comerciantes, sobre o consumo de drogas nos arredores do prédio da antiga rodoviária.

Consumidores de drogas andam pela região de dia e de noite, simplesmente vagando pelas ruas. Um jovem de 19 anos disse que mora na rua desde criança e admite ser usuário de drogas.

"Várias (pessoas consomem drogas na região). Maconha, pasta base, cocaína”, relatou.

O consumo de drogas na área central da cidade afastou muitos comerciantes. Algumas lojas estão fechadas há dois anos. Quem trabalha na região diz que tem medo de estar próximo do tráfico.

“A gente vem para trabalhar aqui em torno da rodoviária e fica assim, as pessoas encaram a gente e estão sempre dormindo nas calçadas”, disse uma comerciante que não quis se identificar.

A presença de forças militares não é garantia da solução do problema. Isto porque ao lado do centro comercial funciona a base da Guarda Municipal de Campo Grande. Os próprios policiais militares reconhecem que combater drogas na região é um desafio.

“É um pronto crítico ali porque junta tudo quanto é pessoa, usuárias, pessoas dependentes de álcool. É um local crítico”, pontuou o sargento.

Revitalização
A rodoviária na região central foi desativada há 5 anos. No local, ficou apenas o centro comercial. Para os administradores, a solução é a revitalização da área que já foi pedido ao poder público e, agora, aguardam respostas.

“A gente procurou o poder público, a gente vem conversando, mas falta eles definirem. Essa área onde estão os lancheiros a gente tem projeto de construir uma grande praça de alimentação. Os lancheiros concordam em investir, em pagar o projeto”, afirmou Rosane Nely de Lima, administradora do Centro Comercial Condomínio Terminal do Oeste.

A prefeitura de Campo Grande também não respondeu sobre o projeto de revitalização.