Vitória de Nicolás Maduro está sob suspeita, mas presidente do Brasil sugeriu à oposição que faça contestações na Justiça venezuelana.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) finalmente comentou sobre a recente eleição na Venezuela, afirmando que não há motivos para alarmes. Segundo ele, a situação atual entre a oposição e o governo de Nicolás Maduro pode ser resolvida com a publicação das atas de votação. Lula também destacou que, caso existam questionamentos, a oposição tem a opção de buscar a Justiça. O líder brasileiro minimizou a posição do PT, que se manifestou a favor da legitimidade do pleito. Ele enfatizou que a nota do partido reconhece a importância das eleições pacíficas e a vontade do povo venezuelano. Para Lula, a situação não é excepcional, e a Justiça deve ser a responsável por dirimir as contestações que surgirem. “Não tem nada de grave, nada de assustador. Eu vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a Terceira Guerra Mundial. Não houve nada de anormal. Teve uma eleição. Uma pessoa disse que teve 51% dos votos, outra disse que teve 40 e pouco por cento. Um concorda, o outro não. Entra na Justiça, e a Justiça faz”, disse o presidente à Rede Matogrossense, afiliada da TV Globo no Estado.
Lula também abordou a questão da transparência no processo eleitoral, ressaltando que isso é fundamental para que Maduro possa governar de forma estável. O presidente criticou a interferência externa e os bloqueios econômicos impostos à Venezuela, defendendo que cada nação deve ter a liberdade de desenvolver seu próprio modelo de crescimento econômico. Por fim, Lula propôs que Brasil, México e Colômbia se unam em uma declaração conjunta sobre os resultados das eleições na Venezuela. Os três países são governados por políticos de esquerda — Gustavo Petro na Colômbia e Andrés Manuel López Obrador no México.