Uma solução inovadora no combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
A coordenadora de Suporte Científico da Oxitec do Brasil, Cecília Kosmann apresentará o seminário Aedes do bem: uma solução inovadora no combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya,neste dia quarta-feira 13 de dezembro, das 14 às 16h no auditório da Embrapa Meio Ambiente em Jaguariúna (SP), para esclarecer sobre o uso do mosquito transgênico Aedes aegypti como ferramenta de controle, sua multiplicação, formas de produção, modo de ação e estratégia de uso.
O evento é coordenado pelas pesquisadoras da Embrapa Simone Prado e Deise Capalbo.
A forma de transmissão da dengue, chikungunya e zika, doenças sérias que podem até matar, é um grande problema no Brasil há alguns anos.
E é pela picada do mosquito Aedes aegypti que elas são transmitidas. Os surtos de dengue e mais recentemente os problemas relacionados à zika provocaram um movimento intenso no controle desse mosquito-vetor.
Várias são as formas de combate, como mutirões de limpeza, campanhas educativas e visitas de agentes de saúde, além do uso de produtos químicos e biológicos.
Os números mostram que, mesmo com todos os esforços de combate e campanhas de educação, o mosquito está ganhando a guerra.
De acordo com as pesquisadoras, "estas doenças mundialmente importantes são transmitidas pela picada do mosquito Aedes aegypti aos seres humanos.
No Brasil foram registrados quase 2 milhões de casos das três doenças em 2016, sendo que os casos de dengue caíram ao redor de 11,1% e os de chikungunya aumentaram mais de 600% em relação a 2015.
No entanto, a zika começou a ser contabilizada somente no ano passado, segundo informação do Ministério da Saúde.
Os dados mostram ainda que 2016 foi o ano com o 2º. maior número de casos de dengue no Brasil desde 1990, perdendo só para 2015, fator atribuído principalmente pela falha no combate ao mosquito", esclarecem.
Entrou em cena mais recentemente o OX513A - mosquito transgênico, também chamado de "mosquito do bem" - que é idêntico ao Aedes aegypti mas não deixa descendência. Ele já foi utilizado em testes na Malásia, no Caribe e em algumas cidades brasileiras.
O mosquito transgênico OX513A
Os surtos dessas doenças, principalmente os problemas relacionados à zika, provocaram um movimento intenso no controle desse mosquito-vetor. As formas de combate do inseto são diversas, incluindo mutirões de limpeza, campanhas educativas e visitas dos agentes de saúde, além do uso de produtos químicos e biológicos.
Os números mostram também que, mesmo com todos os esforços de combate e campanhas de educação, o mosquito está ganhando essa batalha.
Devido a isso a empresa Oxitec do Brasil produziu a linhagem transgênica, o OX513A do A. aegypti, por meio de uma tecnologia que tem a habilidade única de suprimir infestações do mosquito selvagem.
A linhagem foi produzida mediante a inserção de um gene autolimitante no genoma de uma cepa selvagem de A. aegypti.
O gene inserido produz uma proteína chamada tTAV (não tóxica ou alergênica) e um marcador fluorescente (DsRed2), com a função de identificar os indivíduos geneticamente modificados.
A proteína tTAV é produzida em grandes quantidades na fase de larva, fazendo com que o sistema celular responsável pelo seu desenvolvimento entre em colapso.
Segundo a Oxitec, somente machos do Aedes do Bem™ são liberados em vias públicas (os machos não picam as pessoas) e cruzam com as fêmeas selvagens já presentes no ambiente.
Os descendentes herdam os genes inseridos e morrem antes de chegar à fase adulta, diminuindo, portanto, a população de A. aegypti adultos e por consequência, minimiza a incidência da doença em humanos.
O evento é destinado aos empregados da Embrapa, principais envolvidos nesse processo de controle, colaboradores da Embrapa Meio Ambiente e convidados de outras Unidades de Pesquisa da Embrapa na região de Campinas, em especial aquelas que possuem Comissão Interna de Biossegurança – Cibio, além de público externo interessado.