Investiga pagamento de propina na concessão de rodovias no Paraná.
Uma nova fase da Operação Lava Jato foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (22) para cumprir sete mandados de prisão temporária e 50 de busca e apreensão em São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Paraná. A 48º etapa, nomeada como Operação Integração, está diretamente ligada ao Paraná e tem como foco a corrupção de agentes públicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e Departamento de Estradas de Rodagem no Paraná (DER), Casa Civil do governo paranaense. A ação é conjunta entre o Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR), a Polícia Federal e a Receita Federal.
Estão sendo cumpridos mandados na Casa Civil, Dnit e DER. Os alvos principais são servidores públicos e empresas investigadas por corrupção, lavagem de dinheiro, associação criminosa e peculato, suspeitos de participar de um esquema de fraude na gestão das concessões rodoviárias federais no Estado do Paraná.
O foco da ação da Polícia Federal é o pagamento de propina na concessão de rodovias federais no Estado do Paraná que fazem parte do chamado Anel da Integração, formado por 2,4 mil quilômetros e por 27 praças de pedágio.
Entre as empresas que foram alvo de mandados de busca e apreensão na ocasião estava a Econorte, responsável pela concessão de rodovias federais no norte do Estado do Paraná, que depositou R$ 1.005.714,50 em favor de Tacla Duran entre 2012 e 2014.
Segundo o Ministério Público Federal no Paraná, a investigação comprovou que esses valores foram repassados sem que fosse prestado qualquer tipo de serviço. Na época das buscas, o pedido do MPF ainda mencionou que outras empresas relacionadas ao Grupo Triunfo depositaram mais R$ 5 milhões em favor de Rodrigo Tacla Duran e outros R$ 26 milhões para empresas de fachada do operador financeiro Adir Assad.