Operação prende suspeitos de pertencer a "máfia da saúde" no Rio
Ferrari foi apreendida em residência de suspeito. / Foto: Divulgação / Secretaria de Segurança

A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais (Drcao/IE), em auxílio ao Grupo de Atuação Integrada na Saúde e a Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro deflagraram, nesta quarta-feira (9), a operação “Ilha Fiscal", que visa cumprir nove mandados de prisão e 16 de busca e apreensão contra uma quadrilha acusada de fraudar mais de R$ 48 milhões em recursos públicos por meio de contratos com o Município do Rio de Janeiro.

Até as 8h50, sete acusados foram presos. Também foram preendidos veículos importados, como dois automóveis Ferrari, e cerca de R$ 500 mil em espécie na residência de dois dos presos.

Cerca de 85 agentes participam da operação. De acordo com o delegado titular da Draco, Alexandre Herdy, a operação vem contribuir no combate a máfia da saúde, que além de lesar o governo, corrompe a gestão pública e afeta o atendimento à população.

A operação teve origem a partir de denúncia ajuizada pelo MPRJ contra 37 pessoas que integram a OS, responsável por gerenciar os Hospitais Municipais Pedro II e Ronaldo Gazolla. Os acusados foram denunciados pelos crimes de peculato e falsidade em organização criminosa.

Segundo o Ministério Público, de acordo com a investigação, foram realizadas "inúmeras compras superfaturadas" e pagamentos por serviços não prestados, sempre a cargo de pessoas ligadas ao esquema que, assim, possibilitavam o retorno do dinheiro aos dirigentes da OS Biotech após saques milionários em espécie.