"Quero justiça", diz mãe de menina de 9 anos estuprada e morta

Foi enterrada no fim da tarde de terça-feira (3) a menina de 9 anos que foi estuprada e assassinada em Erechim, na Região Norte do Rio Grande do Sul. A família organizou uma caminhada para levar o caixão ao cemitério horas após o corpo ser encontrado em uma lavoura de milho no município. O homem que confessou os crimes está preso.

Foram seis dias de angústia. Patrícia Sosin de Oliveira foi vista pela última vez no dia 28 de janeiro, enquanto brincava na casa de uma vizinha.

"Ele relatou que encontrou com ela ocasionalmente na via e acabou arrastando ela aí para um mato e já tinha certa raiva dessa menina por motivos que até então desconhecemos. A partir dali, a vítima começou a gritar e ele, para evitar os gritos, acabou assassinando a criança", diz o delegado Gustavo Ceccon, responsável pelo caso.

Patrícia morava com a mãe, o padrasto e três irmãos em uma casa a cerca de 20 quilômetros do centro de Erechim, em uma rua de terra onde todos se conhecem. O homem que confessou o crime era vizinho, o que deixou os moradores abalados.

"Ele jogava bola no ginásio que eu cuidava, e não parecia que pudesse agir dessa maneira", diz um outro vizinho.

A polícia investiga também outras denúncias de estupro envolvendo Marco Antônio da Rosa. "A gente tinha conhecimento de outros casos, mas mesmo assim ninguém imaginava que pudesse acabar dessa forma", diz a ex-sogra do suspeito, Maria Edviges da Rosa.