Rapaz conhecido como "maníaco da crus" agride agente durante surto
Momento em que foi preso em Horqueta (Paraguai) . / Foto: Cido Costa/Douradosagora

O jovem que matou três pessoas em Rio Brilhante, em 2008, e deixou os corpos em posição de cruz, feriu um agente penitenciários com lança artesanal.

Segundo a polícia, Dyonathan Celestrino, de 23 anos, e que ficou conhecido como "Maníaco da Cruz", teve um surto no Instituto Penal de Campo Grande, na manhã de ontem, arremessou marmitas contra outros presos e atacou o agente com o instrumento feito com um cabo de vassoura.

De acordo com o boletim de ocorrência, registrado junto à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário, por volta das 11h25 de ontem, o agente foi ferido quando tentava conter o rapaz. Conforme a polícia, Celestrino vem apresentando comportamento agressivo e confuso, nas últimas três semanas

Conforme noticiado pelo jornal Douradosagora, o rapaz confessou que matou o pedreiro Catalino Gardena, que era alcoólatra. A segunda vítima foi a frentista Letícia Neves de Oliveira, encontrada morta sobre a lápide de um túmulo do cemitério do município, no dia 24 de agosto. A terceira e última vítima foi Gleice, encontrada morta seminua em uma obra, no dia 3 de outubro.

Celestrino ficou conhecido como "Maníaco da Cruz" porque, após atacar quem ele julgava que deveria morrer, colocava os corpos em posição de crucificação, com pernas juntas e braços abertos.

Ele foi preso no mesmo ano, sendo conduzido a Unidade Educacional (Unei) de Ponta Porã, onde ficou detido até o dia 3 de março de 2013, quando estourou uma das grades da cela e fugiu.

Ele foi encontrado quase dois meses depois, morando no município de Horqueta, interior do Paraguai, onde levava uma vida pacata, bem diferente da que teve quando mais jovem. Ele, inclusive, tinha uma namorada que nunca desconfiou de seu passado. O jornal Douradosagora esteve lá e acompanhou a apreensão em flagrante.

Conforme atestam os laudos médicos, o rapaz poderia voltar a matar e, portanto, não pode retornar ao convívio social. Por outro lado, também não se consegue internação em manicômio judiciário, conforme determinado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.