Desde o fim do mês de janeiro, foi aprovada uma lei na capital baiana, Salvador, que multa em até R$ 2.016 pessoas que jogam lixo ou urinam na rua. No entanto, no período carnavalesco, essa norma não deverá ser aplicada.

Segundo Kátia Alves, presidente da Limpurb – companhia que realiza a limpeza do município -, o motivo para essa “trégua” na lei é garantir a segurança dos 40 fiscais da Prefeitura da cidade, que iriam multar os que desobedecessem a norma nos três circuitos oficiais da cidade. “Não queremos colocar em risco a integridade física dos fiscais”, afirma.

“No Carnaval, teremos um milhão de pessoas nas ruas, muitas delas bebendo. E uma pessoa sob efeito de álcool pode reagir de forma imprevisível.”, justifica a presidente, apontando ainda que os infratores flagrados poderiam alegar um estado de “embriaguez temporária”, o que atenuaria as consequências da infração. A empresa Limpurb estima que dos 16 milhões de litros de urina que serão produzidos no carnaval, apenas 4,8 milhões serão recolhidos pelos banheiros públicos.

A trégua também se estenderá ao ato de jogar lixo na rua. Além de as pessoas que fizerem isso não serem multadas, também serão removidas as lixeiras afixadas nas avenidas. Kátia Alves explica o motivo: É para prevenir o vandalismo e até mesmo evitar que elas sejam usadas como armas”, diz.