Edilson Donato Nolasco, de 51 anos, que matou a própria mãe Maria do Carmo Brasil, de 72 anos, foi encontrado morto, nesta quinta-feira, dia 25 de agosto, em um das celas do 20º RCB (Regimento de Cavalaria Blindado).
O 2º sargento aposentado do Exército Brasileiro, Edilson Donato Nolasco, de 51 anos, que matou a própria mãe Maria do Carmo Brasil, de 72 anos, foi encontrado morto, nesta quinta-feira, dia 25 de agosto, em um das celas do 20º RCB (Regimento de Cavalaria Blindado), onde estava preso, em Campo Grande.
Edilson foi transferido na noite do dia 24 de agosto do 9° BPE (Batalhão de Polícia do Exército) para o 20º RCB, onde ele foi encontrado morto. Conforme apurado, foi feito a perícia no local e a causa da morte é investigada. O corpo foi encaminhado Imol (Instituto Médico Odontológico Legal).
Relembre o caso
A morte de Maria do Carmo na noite de 7 de dezembro de 2021 teria acontecido após brigas com o filho, Edilson Nolasco, por causa de dinheiro. O militar aposentado do Exército estava sendo cobrado por um valor que pegou com agiota e teria ameaçado a mãe de morte após o cobrador descobrir o endereço dele.
Irmã de Edilson e filha de Maria contou ao site Midiamax que o irmão bebia todos os dias e passava na casa da mãe só para deixar roupas para lavar, às vezes para dormir. O outro irmão, de 45 anos, não trabalhava e vivia com a mãe para cuidar dela, a pedido da mesma.
Ainda segundo a filha da vítima, a mãe tinha pedido um dinheiro emprestado do agiota, que era amigo e a conhecia há tempos. O filho acabou pedindo também dinheiro emprestado, um total de R$ 3 mil. No dia 2 de dezembro, a idosa acertou a dívida, quando o agiota passou a cobrar o valor que o filho tinha pegado emprestado.
Edilson não estaria atendendo as ligações do cobrador e a mãe disse que, quando ele fosse até a casa dela, conversaria com ele. O agiota passou a insistir para que os familiares dessem o endereço do acusado, quando o irmão decidiu levar ele até a casa. Eles não foram recebidos por Edilson e o cobrador chegou a gritar e jogar pedras no local.
No dia seguinte, 03 de dezembro, o agiota novamente fez cobranças. Edilson foi até a casa da mãe e brigou com ela por ter deixado o homem ir até a residência dele cobrar a dívida. Neste dia, ele fez as primeiras ameaças à mãe, dizendo que a mataria, e ainda disse para o irmão apagar os contatos do telefone.
O acusado então ligou para o agiota e negociou pagar apenas os juros, de R$ 650. O homem aceitou, já que era conhecido da mãe do autor. No sábado, Edilson teria bebido novamente e foi até a casa da mãe, quando tocaram no assunto e houve uma nova briga entre os familiares. “Se não quer que te cobre, pague o que está devendo”, teria dito a mãe ao acusado.
Ainda antes do assassinato, o homem teria pegado R$ 300 emprestados para comprar bebidas. Ele voltou à casa da família à noite, quando discutiu e assassinou a mãe a facadas. O irmão também foi esfaqueado e socorrido, levado para a Santa Casa de Campo Grande. O autor do crime tentou fugir, mas foi encontrado e detido por policiais do Batalhão de Choque.