Você já ouviu falar sobre ovário policístico? Esse distúrbio muda o processo normal de ovulação em virtude de um desequilíbrio hormonal que leva à formação de cistos. É sobre isso que falou o Bem Estar desta segunda-feira (29). Também mostramos a relação desse problema com o aparecimento de espinhas. Para explicar a síndrome e os seus efeitos no corpo e pele, convidamos dois consultores – o ginecologista José Bento e a dermatologista Márcia Purceli.
A síndrome do ovário policístico dificulta a gravidez e traz consequências também para a pele. A oleosidade pode aparecer na mulher com esse problema porque a glândula que produz o sebo é testosterona dependente. Como a mulher que sofre dessa doença tem maior produção de testosterona, a glândula passa a produzir mais gordura.
As mulheres já nascem com um estoque de óvulos que vão usar ao longo da vida. Na adolescência, eles começam a amadurecer. Fazem o caminho pelas trompas até o útero e são liberados na menstruação ou fecundados. Isso não acontece regularmente com as mulheres que têm ovários policísticos. Muitos dos óvulos não eclodem, ficam sempre no mesmo lugar, como pequenos cistos, que vão acumulando.
Os sinais e sintomas dessa síndrome são menstruação irregular, excesso de pelos no rosto, barriga e seios, excesso de oleosidade na pele, queda de cabelo e dificuldade para engravidar, mas não é preciso ter todos os sintomas. A síndrome não tem cura e é preciso cuidar até a menopausa.
Oleosidade
A síndrome do ovário policístico pode aumentar a oleosidade da pele. Algumas dicas podem ajudar a controlar o problema. A dermatologista Márcia Purceli lembra que o ideal é lavar o rosto duas vezes por dia com um sabonete adequado para o seu tipo de pele. Escolha filtro solar com toque seco e use sempre tônico ou adstringente. Não lave a pele com água quente, porque o calor retira o óleo e o organismo reage produzindo mais óleo.
Na hora de hidratar a pele, observe se o produto é para pele oleosa. Jamais use cremes para outros tipos de pele. Por fim, não durma com maquiagem porque o produto obstrui o poro, favorecendo o aparecimento dos cravos.