Suspeito de roubos e sequestros muda aparência para não ser preso
Montagem mostra mudança de aparência de suspeito. / Foto: Reprodução/TV Morena/Graziela Rezende/G1

 Além de mentir o nome para os demais integrantes da associação criminosa que sequestrava as vítimas para roubar os veículos e encaminhar ao Paraguai, Anderson Claus Trevizan, de 33 anos, mudou a aparência para não ser preso, de acordo com a Polícia Civil. O suspeito foi apresentado nesta segunda-feira (13), em Campo Grande, e negou que chefiava o grupo.

“No período em que esteve foragido, ele engordou oito quilos, mudou o corte de cabelo e também foi trabalhar em uma empresa no interior do estado. Isso ocorreu certamente para dificultar as nossas buscas, já que ele estava com o mandado de prisão decretado”, afirmou ao G1 o delegado Gustavo Ferraris, adjunto da Delegacia Especializada de Repressão ao Furto e Roubo de Veículos (Defurv).

Assim que foi preso na manhã de sexta-feira (10), Trevizan foi interrogado. Conforme Ferraris, o suspeito nega ter mudado a aparência e ainda disse que estaria fazendo uso de entorpecente.

“Ele alegou que, na ocasião do último roubo, estava há nove dias seguidos fazendo uso de pasta base de cocaína e agiu sob efeito da droga. Porém, para não ser preso, ele mudou a sua rotina e estava no município de Figueirão”, ressaltou o delegado.

Trevizan estava morando na capital sul-mato-grossense, porém é natural do Mato Grosso. “Ele tem antecedentes por roubo em Cuiabá e agora é suspeito de realizar ao menos três roubos a mão armada em Campo Grande, além de chefiar a quadrilha”, comentou Ferraris.

Vídeo
Assim que roubaram uma caminhonete em Campo Grande e conseguiram levá-la ao Paraguai, em fevereiro deste ano, os suspeitos gravaram um vídeo. O G1 teve acesso às imagens e lá eles comemoram a chegada na fronteira.

“Nós iniciamos as investigações dessa quadrilha há três meses, quando houve a prisão de quatro integrantes da quadrilha. Eles apontaram um homem como o chefe do grupo, mas como ele mentiu o nome para os demais, isso dificultou um pouco as buscas”, explicou o delegado.

Cativeiro
Dos oito integrantes da associação criminosa, cinco estão presos. Outros três adolescentes estão sendo procurados. Encapuzados e em posse de arma de fogo, eles são suspeitos de cometer ao menos três roubos na cidade. O grupo, de acordo com o delegado, buscava as 'encomendas' do Paraguai e recebia dinheiro e entorpecente como moeda de troca.

“A polícia de Ponta Porã vai nos apoiar agora no sentido de identificar os receptadores do grupo. Eles serão indiciados por roubo qualificado pelo emprego de arma de fogo, concurso de pessoas, corrupção de menores, levar veículo ao Paraguai e a associação criminosa”, finalizou o delegado.