"Tomei seis latinhas", diz motorista que atropelou dois e matou idoso
Motorista confessou que bebeu antes de dirigir / Foto: Reprodução / TV TEM

O motorista preso depois de atropelar duas pessoas em menos de meia hora em São José do Rio Preto (SP) confessou à polícia que bebeu cerveja antes de dirigir. Uma das vítimas morreu. "Eu tomei seis latinhas. Eu não tomo todo dia, aí quando eu tomo eu fico meio...", disse Davi Rogério Marcilho Prado, de 26 anos.

Ele vai responder a processo por crimes como homicídio culposo, omissão de socorro e embriaguez ao volante.

Davi havia acabado de sair de casa quando fez a primeira vítima, um aposentado de 55 anos. Marcio Luis Rosalém atravessava a rua quando foi atingido.

De acordo com a família, o aposentado andava com dificuldade, usava um andador, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. O atropelamento foi a 20 metros da garagem da casa de Davi.

Além de fugir do local do acidente, dois quilômetros depois, o motorista fez mais uma vítima: um policial civil. Ele passava de moto por uma avenida quando foi derrubado e atropelado.

O policial foi socorrido e teve que passar por cirurgia na bacia e no fêmur. Ele está internado na Santa Casa de Rio Preto, passou por cirurgias no quadril e no nariz. O estado de saúde dele é estável.

O carro apreendido estava amassado na frente, atrás e embaixo e com marcas da mesma cor da moto do policial. O motorista foi preso após receber informações de uma testemunha.


Como alguém pode atropelar, sair correndo e não fazer nada?"
Sandra Mara Rosalém, irmã de vítima

Segundo o delegado, essa não foi a primeira vez que Davi Marcilho Prado foi parar na delegacia por dirigir bêbado. "Ele tinha quatro passagens por embriaguez ao volante e outras duas lesões corporais culposas [sem intenção] no trânsito", diz o delegado Renato Pupo.

A família do aposentado, além de justiça, pede paz no trânsito. "Como alguém pode atropelar, sair correndo e não fazer nada? Tomo mundo precisa ter a consciência que isso pode acontecer com qualquer um, até comigo, mas precisamos socorrer a pessoa", comenta a irmã do aposentado Sandra Mara Rosalém.