Nesta quinta-feira, dia 12 de dezembro, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, prestarão depoimento à PF (Polícia Federal), em Brasília.

Ambos são indiciados no inquérito que investiga a organização de um golpe de Estado no país para impedir a posso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito em outubro de 2022.

Valdemar e Marcelo Câmara são dois dos 40 políticos, militares e servidores públicos indiciados pela Polícia Federal nesse caso.

Segundo o relatório da PF, Valdemar Costa Neto é acusado de apoiar e financiar questionamentos à integridade das urnas eletrônicas e teve um papel central na propagação de dúvidas sobre o sistema eleitoral.

Já Marcelo Câmara, coronel da reserva, é apontado como um dos principais disseminadores de narrativas golpistas e participante ativo nas articulações para reverter os resultados das eleições de 2022.

O indiciamento pela PF indica que a corporação viu fatos suficientes para considerar a participação de Bolsonaro e seus ex-auxiliares na trama golpista.

O relatório com os indiciamentos foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF), e o ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, deve enviar o material para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Se a PGR entender que há elementos suficientes, poderá oferecer uma denúncia à Justiça contra os envolvidos. Caso a denúncia seja acolhida pelo STF, Bolsonaro e seus auxiliares se tornarão réus.

Mais três indiciados

Inicialmente, a PF havia indiciado 37 pessoas. Nesta quarta, anunciou o indiciamento de mais três, todos militares.