Xuxa nunca esteve tão à vontade.
Aos 56 anos, ela sabe exatamente o que quer e não tem o menor receio em expor suas opiniões. Nas redes sociais, volta e meia divulga fotos suas sem maquiagem ou escreve comentários para lá de sinceros nas publicações das amigas - o mais recente foi quando disse para Andréa Sorvetão que o resultado da harmonização facial que a ex-paquita fez não ficou bom. À frente do “Dancing Brasil”, na Record, a eterna Rainha dos Baixinhos exibe a mesma espontaneidade. E ainda tem a chance de viver experiências não só inéditas como inimagináveis até então. Uma delas foi andar de metrô para gravar a abertura da produção. “Andei bem pouquinho, mas andei. No exterior, eu andei uma vez com a Sasha, mas é diferente daqui. Foi minha primeira vez aqui e adorei!”, conta.
Na quinta temporada do “Dancing Brasil”, Xuxa percebe que a equipe está ainda mais afinada. Dessa vez, o programa teve um intervalo de seis meses até voltar ao ar - nas outras vezes, o hiato foi bem mais curto. Em relação às temporadas anteriores, a principal diferença está na participação do público. “Em cada apresentação, eu já abro para quem está em casa poder dar suas notas, o que não acontecia. No fim, o público também decide quem fica e quem sai”, explica.
Além disso, Xuxa já não se esbalda tanto na dança como nas levas anteriores de episódio. Diante de tantos profissionais, ela prefere ser mais discreta nesse quesito. “Todo mundo sabe que eu estou beirando os meus 60 anos, tenho as minhas limitações para fazer algumas coisas. Não adiantar eu tentar fazer uma coreografia se não é a minha praia, se não é o que eu posso oferecer de melhor”, pondera.
P – Você tem o hábito de opinar sobre a escolha dos participantes?
R – Eles mandam para mim uma lista de pessoas que estão pensando para ver se eu tenho alguma coisa contra. Nessas cinco temporadas, só teve uma temporada que eu falei que não aprovava. Eu falei que não achava uma pessoa melhor por alguma situação que tinha acontecido comigo. Mas, normalmente, eu não digo para tirar ou botar uma pessoa. Pelo contrário, eu quero saber a história de cada um para poder me envolver. Isso faz com que a gente sinta muita dor na hora de dizer adeus porque essa é a “vibe” do programa: a gente se despedir a cada semana de uma estrela. Então, ao contrário do que as pessoas pensam, eu não me meto nisso. Mas me meto em muitas outras coisas mais, sou bastante metida nisso aí.
P – Seu cabelo sempre chama atenção a cada temporada do “Dancing Brasil”. Planeja alguma mudança no visual ao longo dos episódios?
R – Eu quis fazer diferente do “The Four” e deixar meu cabelo um pouquinho maior. Eu já pintei ele de preto uma vez na minha vida. Agora, pintei bem de branco porque queria ter a possibilidade de, de repente, mudar de cor mesmo em algum momento. Eu queria ver se ele realmente aguentava, se eu não ia ficar careca se eu fizesse isso. E já vi que ele aguenta uma tinta, então pode ser que eu venha a mudar de cor no decorrer do programa, sim.
P – Você e Junno trabalham juntos no programa. Essa convivência profissional agregou ao relacionamento amoroso de vocês?
R – Eu acho que a gente traz muito carinho, respeito e ajuda. O que um casal faz diariamente, que é um torcer pelo outro. O que é normal em um casamento e em uma união também trazemos para cá. Às vezes, eu brigo quando alguma coisa acontece e tiramos sarro. Eu tenho certeza de que, diferentemente de qualquer outra pessoa, o que ele quer é sempre me ver brilhando, e eu a mesma coisa.
P – Vocês já tiveram alguma discussão depois de um dia de gravação?
R – Já, quando ele começou a me chamar de Xuxa. Foi um pedido da Record para ele começar a me chamar de Xuxa. E é muito difícil porque eu chamava o Sérgio de Serginho e o Leandro de Lelê. Chamar o Ju de Junno é esquisito, assim como ele me chamar de Xuxa. Aí eu falei: “se me chamar de Xuxa, vai ver só”. Aí ele mandou um dia um “Xuxa” e eu respondi: “fala, Junno Andrade”. Comecei a ficar meio chateada com esse negócio. Eu acho que, obviamente, não temos de mostrar muita intimidade, mas não tem como. Se moramos juntos, chamar pelo nome e sobrenome é meio esquisito. Não gostei da ideia.
P – Como tem sido sua relação com a Sasha desde que ela se mudou para Nova Iorque?
R – Já tem três anos que ela está lá, está indo para o quarto e último ano. Ela está viajando porque está de férias, as aulas começam em agosto. Daqui a pouco, ela volta para o Brasil para ficar um pouco comigo e passar o aniversário de 21 anos dela, que é em 28 de julho. A sorte é que temos telefones que podemos matar a saudade toda hora e se ver. Senão a coisa ia ficar bem difícil, apertada. Nem sempre posso ir e nem sempre ela pode vir por causa da agenda escolar. Quando eu estou lá, é tão bom fazer comidinha, brincar de casinha e cuidar dela. Ela é uma pessoa que não me dá muito trabalho. Parece que sabia que era para vir para mim. Veio arrumadinha, do jeito que eu queria, sem muito problema. Ela é um amor de pessoa! As pessoas que conhecem falam isso: “você deu uma boa educação”. E eu falo que ela já veio assim. Acho que estraguei um pouquinho porque mimei. Eu mimei os filhos dos outros, não ia mimá-la? Mas ela dava um jeito e falava: “mãe, você não pode me dar tudo. Você tem de falar isso”. Ela veio pronta para ser a minha filha.
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