Adolescente de 14 anos, morador em Campo Grande, foi um dos alvos da Operação Adolescência Segura, desencadeada na manhã desta terça-feira (15/4) em sete Estados brasileiros.

Conforme as informações da investigação, o menor seria um dos chefes da organização criminosa.
Pela manhã, cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) em Mato Grosso do Sul, todos na capital, contra duas pessoas maiores de idades e três menores.
De acordo com o portal Midiamax, os foram nos bairros Jardim Carioca, Amambaí, Buriti, Leblon e Copaunião.
A ação faz parte das investigações contra organização criminosa responsável por promover ações de extremismo, automutilação, aliciamento e incitação à violência entre adolescentes através da internet.
Além de MS, os policiais cumpriram determinações judiciais em Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás.
Adolescência Segura
Os trabalhos que resultaram na Operação Adolescência Segura foram realizados em sete unidades da federação, sob coordenação da Polícia Civil do Rio de Janeiro (RJ).
Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, com o registro de duas prisões temporárias de adultos e sete internações provisórias de adolescentes.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo atuava em plataformas criptografadas como Discord e Telegram, além de redes sociais.
Eles utilizavam esses meios para “atrair jovens vulneráveis e incentivá-los à prática de automutilação, maus-tratos a animais, propagação de discursos de ódio e sugestões de atos violentos”.
Ainda conforme as investigações, participantes mais ativos recebiam ‘recompensas simbólicas’ como estímulo aos atos ilícitos.
Os investigados poderão responder por associação criminosa, indução ou instigação à automutilação, maus-tratos a animais e outros crimes, cujas penas somadas ultrapassam 10 anos de prisão.
Prevenção
A operação contou com a coordenação da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública (DIOPI/SENASP/MJSP), por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas – CIBERLAB.
Em Mato Grosso do Sul, o DRACCO executou as medidas judiciais com o suporte técnico do Núcleo de Computação Forense do Instituto de Criminalística, responsável pela apreensão e início da análise de provas digitais.
O Diretor da DIOPI/SENASP/MJSP, Rodney da Silva, afirmou que o objetivo da operação é desarticular a rede que cooptava jovens para as práticas criminosas.
“Esta operação é fruto de um trabalho integrado. Atuamos de forma cirúrgica para desarticular uma rede que cooptava jovens para práticas criminosas no ambiente virtual. Nosso objetivo principal é proteger adolescentes e a sociedade de ações que se iniciam no mundo digital, mas que geram graves reflexos no mundo real”, disse.
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