A defesa do fotógrafo e ex-assessor do governo estadual, Marcelo Caramori, o Tchelo Caramori, preso na última quinta-feira (29) nas investigações de prática de crimes sexuais contra adolescentes em Londrina, entrou com recursos na Justiça pedindo a revogação da prisão preventiva. O advogado Leonardo Viana alega que não há motivos, neste momento, para manter seu cliente detido na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL II).
Tchelo Caramori foi preso por policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em investigação que apura crimes de cunho sexual envolvendo adolescentes em Londrina. As investigações tiveram início após a prisão do auditor fiscal da Receita Estadual Luiz Antônio de Souza, flagrado em um motel com uma adolescente de 15 anos e uma jovem de 19, esta acusada de aliciamento de menor e favorecimento à prostituição.
"Pedi a liberdade para que meu cliente possa resolver o processo solto. A lei garante que o suspeito, o investigado primário, que nunca respondeu a um processo criminal, que tem uma atividade profissional, que aguarde solto o julgamento final do caso. As investigações estão sendo concluídas, não há mais riscos dele, eventualmente, entrar em contato com ninguém", afirmou Leonardo Viana em entrevista à Rádio Paiquerê AM.
Ele disse que o crime a que estão imputando contra Tchelo Caramori, não é violento ou praticado com violência, não é hediondo e que é, inclusive afiansável, permitindo que seu cliente se defensa em liberdade. "As imputações que estão sendo dirigidas a ele, de favorecimento à prostituição, a defesa vai provar que não foram praticadas por ele. Meu cliente nunca teve qualquer negócio com a exploração sexual, nunca agenciou menores", enfatizou.
Já uma das promotoras da 6ª Vara Criminal, Caroline Esteves, que está à frente das investigações neste caso, disse que pelo menos quatro meninas menores de 18 anos confirmaram, em depoimentos, terem realizado programas sexuais com o fotógrafo e com o auditor fiscal. Já Viana contesta esta acusação e alega que seu cliente está sendo investigado é por agenciamento. "Ele não é acusado de manter relações sexuais com menores. A imputação não é esta. É que ele teria agenciado menores para fazer programas com outros. Vamos provar que esta acusação, que pesa contra ele, não vai se confirmar", ressaltou, lembrando que as investigações correm em Segredo de Justiça.
O Gaeco tem até esta sexta-feira (6) para concluir o inquérito policial que apura as denúncias de crime sexual contra Tchelo Caramori. O pedido de revogação está sendo analisado pela juíza da 6ª Vara Criminal, Zilda Romeiro.
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