Em Dubai, ministra afirmou que presidente Jair Bolsonaro está preocupado com alta no preço por conta de sanções aos fertilizantes usados em solo brasileiro.
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Alimentos podem ficar ainda mais caros no Brasil. Isso porque, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou ao Estadão que o governo está se antecipando para evitar que as sanções econômicas contra Belarus, de onde sai 20% do potássio usado como fertilizante no campo brasileiro, provoquem novo aumento no preço dos alimentos, e venham a prejudicar o fornecimento do produto para a próxima safra de verão.
Nos Emirados Árabes Unidos, onde acompanhou o presidente Jair Bolsonaro, Tereza Cristina afirmou que o presidente está preocupado com o impacto do insumo no preço dos alimentos, que já está em alta no país.
"Existe uma preocupação, porque importamos de 20 países, entre eles 20% de Belarus, que vai sofrer sanções econômicas dos Estados Unidos e da União Europeia no dia 8 de dezembro (por causa da crise de imigração na fronteira com a Polônia). Não é que vamos ter problemas de fornecimento, mas vamos ter problemas quanto ao pagamento, mais ou menos o que já acontece com o Irã e que traz alguns transtornos na hora do pagamento. Estamos nos antecipando a isso, conversando com outros parceiros para que a gente tenha um porcentual nas exportações de produtos, para que a gente tenha segurança que nossos fertilizantes vão chegar a tempo", disse a ministra.
Ela garantiu não haver problemas nesta safra, que essa está garantida, e plantada a mais de 70%. "Eu saio daqui e vou para a Rússia conversar com alguns de nossos fornecedores, para garantir que teremos 100% dos fertilizantes que precisamos para nossa próxima safra de verão."
A ministra diz que a pasta está trabalhando para que haja soluções ao problema antes do preço aumentar.
"Sim, é uma solução. É um limitador que o Brasil tenta compensar. No caso do Irã a gente entrega milho, eles trocam por fertilizantes (uréia). A gente já conversou com Belarus, eles nos procuraram na semana passada no Ministério da Agricultura. Agora estamos indo à Rússia ver se a gente consegue uma entrega um pouco maior do que a gente já tem para caso precise compensar a gente tenha compensações. Tudo impacta, mas a gente está trabalhando antecipadamente para que não aconteça."
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