Nas moradias improvisadas que se espalham pelos bairros períficos.
Depois de quase 2 meses de estiagem, os últimos dias tiveram chuva Campo Grande, um alívio para quem sofre com os efeitos do tempo seco. Mas, a chuva castiga quem vive debaixo de lona, nas moradias improvisadas que se espalham pelos bairros períficos.
É o caso do pedreiro Rodrigo Pereira de Paulo, 34, que mora com a mulher e o filho, de 2 anos, em barraco na favela do linhão, no Jardim Noroeste – leste de Campo Grande. Ele conta que para ir até o ponto de ônibus, tem de andar cerca de 1 km. “Fica bem complicado quando chove. A gente tem de andar na lama”.
Ele relata ainda que a chuva molha tudo dentro do borracho. “Nem precisa ser chuva forte, mas ainda tenho esperança de ter uma casa”.
A diarista Mariângela Damasio de Souza, 30, mora com dois filhos, de 7 e 11 anos, na mesma comunidade e teve a casa destelhada na tempestade de terça-feira (22). Ela está reconstruindo a moradia com doações. “Estou fazendo aos poucos, com ajuda dos vizinhos. A gente não pode parar, temos de continuar na luta”.
A cozinheira Maria Cristina da Silva, de 49 anos, que mora há um ano e meio do local, reclama das goteiras no barraco. “Molha tudo, mas a gente vai levando”.
Mário Covas – Normeide Camargo Alonso, 28 anos, tem trauma de tempestade e diz que a angústia diária de viver num local sem estrutura aumenta nos dias de chuva. Na favela do Mário Covas, ela divide uma casa com o marido e os quatro filhos, de 9, 7 e 2 anos, além do recém-nascido.
“Eu estava gestante ainda quando deu a última chuva, a enxurrada foi muito forte e saiu levando tudo”, conta o motivo do trauma.
A auxiliar de costura está desempregada e tem medo de perder móveis e outros objetos que a família conquistou. “É um medo constante”.
Não bastasse os problemas causados pela chuva, a família teve o “gato de energia” cortado e agora está no escuro.
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