Fumaça dos incêndios já afeta dez estados e deve se espalhar ainda mais; seca extrema e queimadas intensificam tragédia ambiental.

Amazônia enfrenta maior número de focos de incêndio em 17 anos, agravando crise ambiental no Brasil
Fumaça dos incêndios já afeta dez estados e deve se espalhar ainda mais; seca extrema e queimadas intensificam tragédia ambiental. / Foto: Reprodução

A Amazônia está enfrentando a pior temporada de queimadas dos últimos 17 anos, com um total de 59 mil focos de incêndio registrados desde janeiro até agora. 

Este número supera o recorde anterior de 2008, quando foram contabilizados 58 mil focos de fogo. A situação é agravada pela seca intensa que afeta mais de mil cidades brasileiras, criando um cenário de crise ambiental sem precedentes.

A densa camada de fumaça resultante das queimadas está se espalhando por dez estados, incluindo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre, Rondônia, oeste do Paraná, parte de Minas Gerais, trechos de São Paulo e Amazonas. A fumaça está causando problemas respiratórios na população e prejudicando a qualidade do ar em várias regiões.

Especialistas apontam que a combinação de fatores como a seca severa, o aquecimento global e as queimadas ilegais está contribuindo para o aumento dos incêndios. A estiagem, que geralmente ocorre de agosto a outubro, chegou mais cedo este ano, intensificando os focos de fogo.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou a necessidade urgente de medidas para combater as queimadas e proteger a floresta amazônica. No entanto, críticos afirmam que as ações do governo têm sido insuficientes para conter a destruição ambiental.

A comunidade internacional também está acompanhando de perto a situação, com preocupações crescentes sobre o impacto das queimadas na biodiversidade e no clima global. A Amazônia, conhecida como o “pulmão do mundo”, desempenha um papel crucial na regulação do clima e na absorção de dióxido de carbono.

As autoridades brasileiras deveriam intensificar os esforços de fiscalização e combate às queimadas, além de promover políticas de preservação ambiental mais eficazes para evitar que a situação se agrave ainda mais.