Cristian tinha dezenas de passagens policiais, entre elas crimes por tráfico, roubo, furto, violência doméstica e estelionato.

Amigo de homem assassinado era cúmplice e o atraiu para conveniência
Cristian Alcides Valiente, de 37 anos, faz selfie dentro de carro. / Foto: Arquivo pessoal

Um dos amigos que estava com Cristian Alcides Valiente, de 37 anos, no momento em que ele foi assassinado na sexta-feira (21), em uma conveniência do Bairro Guanandi, na Rua Barra Mansa, era cúmplice do crime. O envolvimento dele foi apontado pelo executor de Cristian, preso em flagrante no domingo (23) prestes a embarcar para o Rio de Janeiro, onde morava.

O amigo de Cristian, que também foi preso, explicou que foi responsável por atraí-lo até a conveniência e mostrar para o executor quem seria morto, já que ele não é de Mato Grosso do Sul e foi enviado apenas para cometer o crime.

O homem ajudou a socorrer a vítima em uma camionete junto ao grupo de pessoas, que não tinham envolvimento com o crime, de acordo com o delegado do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), Guilherme Scucuglia.

"Ele indicou quem iria ser morto, ele próprio que estava com a arma do crime. Ele usou da amizade pra atrair a vítima para onde iria ocorrer o crime", apontou o delegado. Conforme Scucuglia, a motivação foi um "desacordo de drogas" e o mandante é de uma organização criminosa.

"Ele não indicou o mandante, disse que eram todos desconhecidos, mas vamos dar sequência na investigação e com certeza vamos identificar quem é", completou o delegado.

Cristian tinha dezenas de passagens policiais, entre elas crimes por tráfico, roubo, furto, violência doméstica e estelionato. Além da arma do crime, uma pistola 9 milímetros, junto com o amigo de Cristian foram apreendidos dois carros furtados de uma locadora de veículos, também usados no dia do homicídio.

O GOI (Grupo de Operações e Investigações) atuou na operação com o Garras e foram os primeiros a atender a ocorrência. Cristian bebia ao lado de outros dois homem, quando foi morto com dois tiros. Ele foi levado de camionete até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon, mas não resistiu.