A mudança, que não acontecia desde 2022, ocorre devido às condições de seca que assolam diversas regiões do país.

Após 26 meses de bandeira verde, Aneel anuncia que julho terá bandeira tarifária amarela
Consumidores sentirão impacto na conta de energia. / Foto: Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax

Devido à seca, que oferece condições menos favoráveis para geração de energia no país, a bandeira tarifária para o mês de julho será amarela. O anúncio foi feito pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Com esse acionamento, as tarifas dos consumidores serão acrescidas em R$ 1,885 a cada 100 kW/h consumidos.

Esse é o valor aprovado pela Aneel em março deste ano, quando houve redução de 37% do valor da bandeira amarela, caindo de R$2,989/KWh para R$1,885/KWh.

Essa é a primeira alteração de bandeira desde abril de 2022. Ao todo, foram 26 meses com bandeira verde.

Consumo consciente

Com o sistema de bandeiras, o consumidor consegue fazer escolhas de consumo que contribuem para reduzir os custos de operação do sistema, reduzindo a necessidade de acionar termelétricas.

Antes das bandeiras, o repasse desses custos de operação era feito apenas nos reajustes tarifários anuais, o consumidor não tinha a informação de que a energia estava cara naquele momento e, portanto, não tinha um sinal para reagir a um preço mais alto.

Dessa forma, o consumidor ganha um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para reduzir o valor da conta.

Com o acionamento da bandeira amarela, a Aneel orienta que os consumidores utilizem a energia elétrica conscientemente, evitando prejuízo que afete o meio ambiente e a sustentabilidade do setor elétrico. A Agência reforça ainda que a energia é fundamental para a preservação dos recursos naturais.

Sistema de bandeira tarifária
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel em 2015 como forma de indicar os custos da geração de energia no Brasil aos consumidores.

Isso reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.