Sentença foi proferida na madrugada desta quinta-feira (19), após 18 horas de sessão.

Após 3 dias de julgamento, réus são condenados pela morte do
A sentença foi proferida na madrugada desta quinta-feira (19). / Foto: Berlim Caldeirão

Após três dias de julgamento do caso Playboy da Mansão, desdobramento da operação Omertà, em Campo Grande, Everaldo Monteiro, Jamil Name Filho, Marcelo Rios e Rafael Antunes Vieira foram condenados pela morte de Marcel Colombo, o 'Playboy da Mansão'.

A sentença foi proferida na madrugada desta quinta-feira (19), pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, após 18 horas de sessão, que teve início às 8 horas desta quarta-feira (18).

O empresário Jamil Name Filho, foi acusado de mandar matar Marcel Colombo e foi condenado a 15 anos de prisão por homicídio qualificado por motivo torpe e de maneira a dificultar a defesa da vítima. Já o ex-guarda civil metropolitano Marcelo Rios, acusado de planejar a execução e contratar pistoleiros, foi condenado a 15 anos de reclusão.

Everaldo Monteiro de Assis foi condenado a cumprir 8 anos e 4 meses no regime fechado. No entanto, ele teve o pedido de prisão preventiva indeferido pelo juiz, que permitiu que recorresse da sentença em liberdade.

Ele também teve a perda do cargo decretada. O juiz entendeu que o envolvimento em crime hediondo é incompatível com ofício de policial federal.

Quanto ao ex-guarda Rafael Antunes Vieira, acusado por ocultar arma do crime, foi condenado a 2 anos e 6 meses no regime aberto.

Este é o segundo juri popular relacionado a Operação Omertà que o empresário Jamil Name Filho e o ex-guarda civil metropolitano Marcelo Rios participam. Anteriormente, eles já haviam sido condenados em desdobramentos do caso.

Réus pelo crime em 2018

Jamil Name Filho, o ex-guarda municipal Marcelo Rios, o policial federal Everaldo Monteiro de Assis e o ex-guarda municipal Rafael Antunes Vieira são os réis pela morte de Marcel

Marcel foi assassinado em um bar da Avenida Fernando Corrêa da Costa, na madrugada de 18 de outubro de 2018. O assassinato teria ligação com uma rixa entre o ‘Playboy da Mansão’ e Name, que começou em 2016.

A inimizade teria se iniciado após os dois se desentenderam devido a um balde de gelo. Jamil Name Filho negou ser o mandante da morte, mas confirmou o atrito e deu detalhes da briga no dia.

Marcel já era conhecido da polícia e chegou a ser preso duas vezes. A primeira por desacato durante uma festa em uma mansão no Bairro Carandá Bosque. Foi nesse episódio que ele ficou mais exposto na mídia, já que debochou de um repórter de TV que o entrevistava, dizendo que o profissional estava trabalhando no feriado e ele já iria sair da cadeia, porque tinha dinheiro.  

A última prisão aconteceu no dia 21 de dezembro de 2017, na Operação Harpócrates, desencadeada pela Polícia Federal com apoio da Receita Federal.

Segundo as investigações, Marcel trazia para o Brasil mercadorias ilegais de outros países e revendia em Campo Grande sem o pagamento de impostos.