Depois que um artefato foi encontrado no local de posse dos secretários nesta sexta-feira (2), o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), afirmou que não vai tolerar ameaças e que confia nas forças de segurança.
Em nota divulgada pela assessoria do governo do estado, o tucano declarou que acredita que o objeto, que parecia uma bomba, foi colocado no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo após o evento para criar um clima de tensão e insegurança na equipe de governo e naqueles que apoiam a administração.
“Ninguém vai nos intimidar. Se achar que aqui vai imperar um estado da baderna, não vai. Ninguém vai emparedar esse governo”, afirmou na nota.
Segundo o governador, a segurança pública será reforçada com remanescentes de concursos para a área, aumentando o número de policiais do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e da Polícia Militar (PM) e fazendo uso de patrulha eletrônica. Outra medida será a criação da diária remunerada para policiais.
“Eles me mandaram um recado e eu quero mandar um recado para eles também. Atentado é inaceitável em qualquer lugar. Não vamos aceitar isso. Vamos criar uma política de segurança pública para Mato Grosso do Sul”, disse.
O caso
O artefato foi localizado embaixo da mesa onde ocorreu a posse do secretariado do governo. De acordo com a Polícia Militar (PM), o material tinha dois canos de PVC de cerca de 30 centímetros e um relógio. Ao G1, o chefe de segurança institucional do governo, Nelson Antônio da Silva, disse que duas vistorias foram feitas antes do início do evento de posse e que nada foi encontrado.
O objeto foi detonado no pátio do Centro de Convenções Gil de Camilo, em Campo Grande. “Com o jato de água, a bomba foi desmanchada para ser feita a explosão e será encaminhada para perícia. Temos até 30 dias para tomar conhecimento deste laudo e a investigação será conduzida pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, Assaltos a Bancos e Sequestros (Garras)”, afirmou ao G1 delegada Daniela Kades, da 3ª Delegacia Civil de Polícia.
Em um laboratório, a delegada disse que o objeto será reproduzido e então será verificado o motivo dele não ter explodido.
“Ele precisava estar compactado e ter pressão para servir como bomba. Então será analisado se o artefato estava realmente desta maneira”, afirmou o perito criminal João Ricardo Parreira.
O Corpo de Bombeiros, policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque (BPChq) foram ao local, além de peritos e policiais da Garras.
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