Após morte de 83% dos animais, o governo do Estado rescindiu contrato com a empresa Anambi (Análise Ambiental Ltda), que era responsável pela manutenção dos peixes que vão povoar o Aquário do Pantanal. O contrato de R$ 5.215.499,36 foi firmado em junho do ano passado.
Por meio de nota, a administração estadual informou que “em virtude do atraso na conclusão da edificação do Centro de Estudos e Pesquisas da Ictiofauna Pantaneira (Cepric) do Aquário do Pantanal, que estava previsto para novembro de 2015 e não há data precisa para a transferência dos peixes da quarentena para o referido centro, o Governo do Estado decidiu pelo encerramento do projeto de pesquisa científica “Biodiversidade para todos: da água à popularização da ciência e proteção da vida por meio do Aquário do Pantanal”.
Ainda de acordo com a assessoria de imprensa do governo, relatório de especialistas do Cepta (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais) e da Unesp (Universidade Estadual de São Paulo)/campus Jaboticaba apontam que as recomendações técnicas previstas no edital não foram totalmente atendidas.
O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) vai assumir a a manutenção dos peixes até que a obra, em execução nos altos da avenida Afonso Pena, em Campo Grande, seja concluída.
A orientação é que os peixes existentes sejam mantidos nos tanques da quarentena do Aquário até a conclusão do Centro de Pesquisa ou entregues à instituições de ensino e pesquisa. A nota não informa o valor do contrato e nem a quantidade de peixes que sobreviveram.
Sete chaves - Os peixes são mantidos a “sete chaves” em galpões na sede da PMA (Polícia Militar Ambiental), na Capital. O Campo Grande News esteve no local na última quarta-feira, mas não conseguiu entrar. Na ocasião, não havia biólogos no local, apenas funcionários que cuidam da parte técnica, como a manutenção dos filtros e sistema de aquecimento da água.
Conforme relatório da empresa Anambi, responsável pelo manejo das espécies, 83% dos peixes comprados pelo governo passado foram perdidos por conta do frio. Desde novembro de 2014, 10.160 peixes morreram.
O MPE (Ministério Público Estadual) abriu inquérito para apurar irregularidades envolvendo o licenciamento ambiental da obra, a captura, o manejo e a guarda das diversas espécies.
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