Mulher relatou agressões e ameaças constantes, incluindo tortura com martelo, queimaduras de cigarro e tentativa de incendiá-la com gasolina.
Delsio Emanuel Lopes de Oliveira, de 27 anos, assassinado com um tiro na barriga na madrugada deste domingo (16) no bairro Água Azul, em Ivinhema, havia sido denunciado horas antes por violência doméstica. A vítima da denúncia, uma jovem de 22 anos, relatou agressões e ameaças constantes, incluindo tortura com martelo, queimaduras de cigarro e tentativa de incendiar seu corpo com gasolina.
Na manhã de sábado (15), a mulher conseguiu fugir enquanto Delsio dormia e procurou a delegacia da Polícia Civil para registrar a ocorrência. No depoimento, ela revelou que as agressões eram frequentes e que o companheiro costumava golpeá-la com socos e com um cabo de vassoura.
Segundo o boletim, ele também cortou seu cabelo à força com uma tesoura e ameaçava matá-la caso tentasse sair do relacionamento. "Se não ficar comigo, você vai ficar a sete palmos embaixo da terra", teria dito o agressor.
A jovem pediu medida protetiva, temendo pela própria vida e pela segurança da filha de seis meses que teve com Delsio. Horas após a denúncia, ele foi assassinado a tiros em casa, conforme o site local Iviagora.
De acordo com testemunhas, o autor do crime disparou contra Delsio, que ainda tentou correr, mas caiu um quarteirão depois e morreu no local. A Polícia Civil investiga o caso.
Delsio já era conhecido pela polícia e tinha diversas passagens por crimes variados. Em uma das prisões anteriores, ele foi detido por disparos de arma de fogo em uma festa familiar, quando atingiu duas mulheres – uma na perna e outra na barriga.
Após o crime, fugiu de caminhonete e foi capturado pela Polícia Rodoviária Federal na BR-376. A Polícia Civil segue investigando o assassinato e se há ligação entre a execução e os crimes cometidos por Delsio.
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