A Polícia Civil averigua nesta terça-feira (18), um dia após o atentado contra um soldado do Corpo de Bombeiros, de 26 anos, a possibilidade dele não ser o alvo do suspeito do crime. Ao G1, o delegado Francisco Moreira, responsável pelas investigações, disse que dezenas de pessoas estão sendo ouvidas pela Polícia Civil.

"Este é o fato que está merecendo a nossa atenção neste momento e é até por isso que o Garras [Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros] está aqui em Paranaíba. Nós já identificamos o suspeito e estamos prosseguindo com as investigações", afirmou o delegado.

Conforme a polícia, em um primeiro momento, não seria nem a vítima e nenhum dos outros bombeiros que faziam atendimento o alvo do suspeito.

As informações, conforme Moreira, chegaram até a investigação após boatos na cidade. Além do Garras, participam das buscas policiais de Paranaíba e mais duas delegacias do interior. "Estamos ouvindo pessoas que podem, de alguma maneira, ter envolvimento com o fato. Mas ainda não há nada confirmado", finalizou o delegado.

Entenda o caso
A vítima foi transferida para Santa Casa, em Campo Grande, na noite desta segunda (17). Segundo a assessoria de imprensa do hospital, ele já realizou cirurgia e está na enfermaria da unidade hospitalar. Durante a madrugada, a vítima chegou consciente ao local.

Segundo a Polícia Civil, o bombeiro estava na frente da escola Major Francisco Dias, realizando um atendimento em Paranaíba, a 398 km da capital sul-mato-grossense, quando foi alvejado por cinco tiros. Na ocasião, atendia uma ocorrência e estaria colocando uma vítima dentro da viatura, sendo que um sexto disparo atingiu o veículo.

Segundo colegas de trabalho, os cinco tiros teriam atingido de raspão. O militar está consciente e falando.  A polícia ainda não identificou o suspeito.

Ao G1, a irmã da vítima disse que o irmão está bem. "Não foi nada demais. Graças a Deus ele está bem. O Major que está com ele ainda não me ligou, mas sei que ele está consciente e orientado", contou.

Fabiana disse que o irmão é muito querido por todos e que não faz ideia de quem poderia ter cometido o atentado. "Ele é estudioso, inteligente, super esforçado, concursado, faz inglês e natação. Não sei quem faria isso. Todos gostam muito dele", ressaltou