País reduziu em 16% o consumo de hidroclorofluorcarbonos. Até 2020, US$ 40 milhões serão investidos em alternativas sustentáveis.
No Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, o Brasil comemorou com o anúncio dos resultados da primeira fase do Programa Brasileiro de Eliminação dos Hidroclorofluorcarbonos (PBH).
A camada de ozônio filtra a radiação ultravioleta do tipo B (UV-B), associada ao desenvolvimento de câncer de pele, danos à visão, envelhecimento precoce e supressão do sistema imunológico.
O Protocolo de Montreal, assinado por 197 nações para a proteção da camada de ozônio, estipulou como meta para 2015 para países em desenvolvimento a redução em 10 % do consumo de hidroclorofluorcarbonos (HCFC) em comparação à média de 2009 e 2010. O Brasil ultrapassou esse objetivo, reduzindo 16,6%.
Nos últimos três anos, a estratégia brasileira para cumprir a meta teve como foco a conversão do uso de 220,3 toneladas de gases HCFC por alternativas mais sustentáveis.
O país deixou de usar 168,8 toneladas do gás HCFC141B no setor de espumas e 51,5 toneladas de HCFC22 no setor de refrigeração.
“O HCFC141B era usado como agente de expansão para produção de espumas. Nos últimos anos, esse gás passou a ser substituído por outras substâncias com o mesmo papel de expansão, mas que não fazem mal ao meio ambiente”, esclareceu Ana Paula Leal, especialista em espumas de poliuretano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
As metas brasileiras são desenvolvidas e coordenados pelo MMA e cabe ao PNUD executar os projetos no País, auxiliando o setor produtivo.
Até 2020, o Ministério do Meio Ambiente planeja finalizar a conversão tecnológica do setor de espumas e iniciar a conversão de parte do setor de refrigeração comercial e de aparelhos de ar condicionado.
Os setores que usam esses gases danosos receberão apoio tecnológico e financeiro para buscar alternativas e manter a competição quando a produção de químicos inimigos do ozônio for banida, em 2040.
Esses químicos não são produzidos no Brasil. Atualmente, a importação dessas substâncias é controlada pelo Ibama e precisa de licença.
Para chegar ao resultado, o País contou com aporte financeiro do Fundo Multilateral, custeado por 45 países para executar os programas propostos para a área. Foram investidos no Brasil, entre 2012 e 2015, US$ 19,5 milhões referentes às ações da primeira meta.
A expectativa agora é o financiamento de US$ 40 milhões (R$ 153,4 milhões) para a segunda etapa do programa, que terá também a participação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido). O resultado da negociação será divulgado em novembro.
Em evento realizado em Brasília , 21 empresas brasileiras – a maioria, fabricantes de peças para o setor automobilístico – foram certificadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) por eliminar completamente o uso do HCFC do tipo 141B na fabricação de espumas de poliuretano.
Olá, deixe seu comentário!Logar-se!