No caminho até a Olimpíada, Zé Roberto queria testar seu time. Viu no Grand Prix uma chance de pôr a equipe à prova diante de prováveis rivais no Rio. Neste sábado, porém, não deu nem para o gosto. Diante da Holanda, possível adversário após a fase de grupos nos Jogos, a seleção sobrou. Cometeu alguns erros, é verdade, mas não se viu ameaçada em momento algum. Soberana, venceu de forma rápida: 3 sets a 0, parciais 25/18, 25/16 e 25/23.Garantiu, assim, um lugar na final no ginásio Huamark, neste domingo, em Bangcoc. Se a competição era encarada como um simples treino, pode servir como um afago na alma rumo à principal competição do ano.
O Brasil ainda aguarda seu rival na decisão. Estados Unidos e Rússia se enfrentam neste sábado, na outra semifinal. Na briga pelo ouro, a seleção entra em quadra às 8h deste domingo (horário de Brasília). O SporTV transmite, e o GloboEsporte.com acompanha tudo em Tempo Real.
Natália, com 13 pontos, foi a maior pontuadora do jogo. Fabiana e Fê Garay, com 11, e Sheilla, com 10, também se destacaram. Do outro lado, Celeste Plak fez 10, enquanto Slöetjes terminou a partida com 9. Fora o desempenho no terceiro set, quando o Brasil precisou ir atrás do placar, Zé Roberto ficou feliz com a postura do time.
- O último set, não. Os dois primeiros, sim. O importante é ver como os times estão jogando e se comportando. O parâmetro é importante porque estamos a 26 dias, contando daqui, para o começo dos Jogos - afirmou Zé.
O jogo
No revezamento adotado por Zé Roberto, Camila Brait começou a partida no lugar de Léia. Dani Lins, que havia sentido um incômodo muscular no treino de sexta, também estava em quadra. Na recepção errada de Natália, o Brasil saiu atrás. Em ataques seguidos de Fê Garay e Fabiana, porém, logo passou à frente. A Holanda tinha problemas no passe. Durante o aquecimento, Maret Balkestein-Grothues, capitã do time, torceu o joelho e ficou fora do jogo. As brasileiras também erravam, mas foram em vantagem para a primeira parada técnica, com 8/6.
A seleção chegou a abrir 12/9, mas viu a Holanda encostar e diminuir a diferença para apenas um ponto. Principal arma do time europeu, Slöetjes soltava o braço e causava danos à defesa do Brasil. Depois de um belo rali, as rivais chegaram ao empate em bloqueio. Sheilla, porém, fez a equipe chegar ao segundo tempo técnico em vantagem, com 16/14. A seleção voltou a abrir distância depois de Fê Garay explorar o bloqueio adversário e colocar três pontos de vantagem: 18/15.
Zé Roberto fez a inversão 5 por 1 pela primeira vez, mandando Roberta e Gabi para a quadra. A seleção já tinha 20 a 16 na conta e obrigou o técnico Giovanni Guidetti a pedir tempo. A intervenção, porém, de pouco adiantou. No ataque na rede de Slöetjes, o Brasil fechou o primeiro set: 25/18.
A contagem na segunda parcial foi aberta com um bloqueio certeiro sobre Pietersen. Até com alguma facilidade, a seleção chegou a 7/2 depois de ataque de Sheilla, com desvio no bloqueio flagrado no desafio. A vantagem já era de seis pontos logo no primeiro tempo técnico. As holandesas ainda conseguiram tirar alguns pontos da diferença, mas o Brasil tinha o controle do jogo.
Guidetti tentava arrumar a casa com pedidos de tempo, mas pouco conseguia fazer. Tranquilo, Zé Roberto voltou a usar a inversão 5 por 1, com Roberta e Gabi em quadra. O ritmo foi mantido, e Zé até se deu ao luxo de manter as mudanças até o fim do set. Nos dois toques do time holandês, o ponto final do set: 25/16.
A Holanda, porém, não queria desistir assim, tão facilmente. Abriu 3 a 0 com propriedade e se manteve em vantagem todo o tempo. Zé tentava, exigia de suas jogadoras uma reação. O Brasil se aproximou do placar. Chegou ao empate com Fê Garay, em belo ataque: 20/20. A Holanda pediu tempo. Guidetti tentou sua última cartada para impedir a queda. Fabiana, porém, colocou o Brasil pela primeira vez à frente no placar. Gabi, mais uma vez em quadra, mostrou talento e marcou dois pontos em sequência. No fim, Natália deu fim ao jogo: 25/23.
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