O alerta é da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego do RS (ABRAMET/RS).
O Brasil registrou 29.435 mil sinistros de trânsito, que resultaram em 85.549 mil pessoas envolvidas e 2.906 mil mortes nas rodovias federais até junho de 2024. O alerta é da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego do RS (ABRAMET/RS).
Os números foram analisados pela ABRAMET/RS, com base no painel de acidentes disponibilizado pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes), revelando a gravidade dos sinistros nas estradas do país. A ABRAMET/RS vem analisando números e fazendo comparativos constantes durante todo o ano de 2024 e nada supera ou é maior do que a epidemia de mortes no trânsito.
Além das trágicas perdas humanas, que são irrecuperáveis, os sinistros nas rodovias federais também geraram um impacto econômico considerável, com um custo total de R$ 7,5 bilhões. Desses, atribui-se R$ 2,8 bilhões às mortes e R$ 4,4 bilhões às vítimas feridas nestas ocorrências. Ainda há R$ 231 milhões relacionados ao número de sinistros sem vítimas.
Entre os tipos de sinistros, as colisões foram os sinistros de trânsito que mais ocorreram. Ou seja, sendo responsáveis por 64,4% das tragédias com mortes nas estradas (1.871 mil óbitos). Em seguida, os atropelamentos foram o segundo tipo mais comum, representando 16,3% dos sinistros com mortes (475 óbitos). Para o presidente da ABRAMET/RS e especialista em Medicina do Tráfego, Dr. Ricardo Hegele, a quantidade de sinistros e o impacto financeiro significativo apenas no primeiro semestre deste ano, reforçam a importância de investimentos em infraestrutura e a necessidade de uma mudança cultural para melhorar a segurança viária no Brasil.
“Esses dados refletem uma situação preocupante nas rodovias brasileiras e evidenciam a necessidade de medidas urgentes para que mudanças efetivas amenizem este cenário. Sabemos da importância da fiscalização nas estradas e das políticas públicas que visam a redução de sinistros, mas é preciso uma consciência maior por parte de quem dirige, pois é o motorista que está no controle”, diz Hegele.
Perfil das Vítimas Ao analisar as vítimas fatais, percebe-se que as faixas etárias mais atingidas são as que incluem adultos em fases produtivas da vida. Do total de óbitos, 1.094 pessoas (37,6%) pertenciam à faixa etária acima de 45 anos, sendo a mais impactada. Já 621 mortes (21,4%) foram vidas perdidas entre os 36 e 45 anos e 573 pessoas (19,7%) tinham entre 26 e 35 anos. Das vítimas, 81,1% eram do sexo masculino e 18,7% do sexo feminino.
Dias Críticos Curiosamente, os dados revelam que o dia da semana com mais registros de acidentes é o domingo. Foram 4.550 sinistros, que resultaram em 597 mortes, o que representa 20,5% do total de óbitos. O sábado e a sexta-feira aparecem logo em seguida, com 4.521 sinistros, resultando em 518 mortos e 4.493 sinistros, com 436 mortes, respectivamente.
A ABRAMET/RS, que trabalha constantemente com a promoção da saúde dos condutores na direção veicular, lembra que estes números são parciais. Isso porque ainda não foram contabilizadas as ocorrências do segundo semestre do ano, o que torna a situação ainda mais preocupante.
“Não nos alegra trazer este panorama de tragédias nas estradas, mas analisamos estes números para chamar atenção da população e das esferas públicas para que providências sejam tomadas com a máxima urgência. Não vamos descansar enquanto este cenário fizer parte da nossa realidade, pois estamos perdendo vidas para o trânsito e, na maioria das vezes, podemos evitar estas perdas”, lamenta Hegele.
Olá, deixe seu comentário!Logar-se!