Ação inédita vai ajudar na recuperação de áreas degradadas e de pastagens assumida pelo País no Acordo do Clima de Paris.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) divulgou, o primeiro inventário das espécies da fauna brasileira. O documento revela a existência de mais de 116 mil tipos de animais em todo o Brasil. É a primeira iniciativa deste tipo realizada no País.
O catálogo aponta que 9% de todos os animais do globo estão no Brasil, sendo que 30% das espécies de aves do planeta estão em território brasileiro.
“Acho que (o documento) nos coloca um dever de casa para a gestão da biodiversidade”, disse a ministra Izabella Teixeira.
Segundo a ministra, o documento intitulado “Catálogo Taxonômico da Fauna Brasileira” deve ajudar o Brasil a cumprir o Acordo do Clima de Paris, assinado por 185 países na 21ª Conferência do Clima (COP 21).
Isto porque, a proposta brasileira de recuperação de pastagens e áreas ambientais degradadas deve acontecer a partir do “uso proativo do território” do País e, junto com isso, a “reconstrução biológica” da fauna afetada.
O secretário-executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), Bráulio Dias, disse que a recuperação da fauna terrestre será um dos pontos de uma conferência sobre biodiversidade marcada para o México em 2016.
“A conferência vai ser importante para a gente consolidar um marco (global) para a biodiversidade e o Brasil está bem colocado”, afirmou.
Preservação
A secretária de Biodiversidade e Floresta do MMA, Ana Cristina Barbosa ressaltou que a conservação da fauna um dos compromissos assumidos pelo Brasil em 2010.
“A convenção do México vem de um compromisso que o mundo inteiro assinou de 20 metas de conservação. Nos últimos anos nós abrasileiramos essas metas e uma delas fala da importância de a gente ter bases sólidas da academia científica sistematizadas e disponíveis para o público”, observou.
O catálogo foi elaborado por 500 cientistas e apoio da Sociedade Brasileira de Zoologia, Museu de Zoologia da USP, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Universidade Federal do Paraná, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Ana Cristina avaliou que será possível saber a partir da ferramenta digital do catálogo, disponível para pesquisadores no www.sibbr.gov.br, os locais de localização dos animais no Brasil e os tipos de ameaças sofridas por eles. “A partir desse catálogo a gente pode fazer um exercício de priorização espacial”, disse.
De acordo com a secretária, o Brasil tem como meta retirar de risco 100% dos animais até 2022. “Onde as espécies estiveram a gente tem cuidados maiores com licenciamento, na expansão do agronegócio, e investe mais nos planos de ação nacional, que o Brasil tem para resgatar o status de conservação das suas espécies”, disse.
Olá, deixe seu comentário!Logar-se!