Clientes precisam enfrentar fila para garantir o produto. Comerciantes estão recebendo unidades limitadas
A quantidade de botijões de gás deixados para venda em Campo Grande ainda é limitada e a população está tendo que “peregrinar” em busca do produto ainda em consequência da paralisação dos caminhoneiros, que durou dez dias. Em alguns casos há filas e agendamentos para entregas.
O comerciante Gabriel Menezes conta que no seu estabelecimento, localizado na avenida Eduardo Elias Zarhan, a situação é “capenga”. Ele trabalha como revendedor e somente nesta segunda-feira (4) entregou o dobro do que costuma atender em dias comuns.
“Não está atendendo a demanda. O estoque foi zerado. Estamos tentando atender todo mundo, fazendo lista de entrega, agendando para o outro dia”, conta. Segundo ele, o carregamento de hoje chegou com 30 botijões pela manhã e horas depois tudo já tinha sido entregue.
O comerciante aguarda a chegada de novo carregamento previsto para amanhã, mas ainda sem horário definido.
Em outro estabelecimento, no Vilas Boas, a entrega marcada para hoje não foi feita e os funcionários ainda aguardam o carregamento. Tudo o que chegou no sábado foi vendido. O produto foi limitado a 20 unidades.
Na revendora localizada no Carandá Bosque há fila para comprar as 80 unidades que chegaram no início da tarde desta segunda-feira. Pelo menos 30 pessoas saíram de casa e arriscaram comprar o produto no local.
Em uma loja da avenida Mascarenhas de Moraes os botijões estão chegando limitados desde sexta-feira. Há previsão para a chegada de um caminhão ainda nesta segunda-feira. A necessidade fez com que já tenha fila de clientes aguardando descarregarem os produtos. No sábado foram 50 botijões vendidos em no máximo uma hora.
Sem botijão para vender no período da manhã, os funcionários foram orientados a entrarem no serviço ao meio-dia e ainda ficaram parados durante toda a tarde. A expectativa da empresa é de que a situação seja normalizada até o fim da semana.
O presidente do Simpergasc (Sindicato das Micro, Pequenas Empresas e Revendedores Autônomos de GLP, Gás Canalizado e Similares do Estado de Mato Grosso do Sul), Vilson de Lima, acredita que a situação seja normalizada em apenas dez dias.
Ele afirma que a entrega é limitada para as revendedoras, mas o número de produtos continua o mesmo – cerca de 16 mil –, porém não atende a demanda. “Tem lugar que consegue trabalhar um dia e fecha dois, o estoque zerou. [Os botijões] estão chegando normal, mas ainda não atende a demanda”, diz.
Mato Grosso do Sul conta atualmente com 5,6 mil empresas. Pelo menos 1,3 mil delas atuam em Campo Grande.
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