Candidatura de Simone Tebet pode estar por um triz após jantar de senadores emedebistas com Lula.

Caciques do MDB acenam para Lula e Simone refuta: ‘não representam’
Pré-candidata à presidência, senadora Simone Tebet diz que senadores que apoiam Lula não representam maioria. / Foto: André de Abreu

Após dirigentes do MDB da região do Nordeste, se reunirem em jantar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), uma enxurrada de descrença na candidatura à presidência da senadora Simone Tebet (MDB) teve início entre os aliados. Apesar dos rumores, sobre a falta de apoio no MDB, Tebet disse hoje (13), que os senadores que participaram do jantar não representam a vontade do partido e que são minoria.

“É natural termos divergência, mas estamos falando de quatro ou cinco senadores, que não representam a maioria absoluta do MDB”, disse ela que indica ter apoio da maioria dos diretórios do partido. 

O União Brasil, que está articulando junto ao MDB, PSDB e Cidadania uma candidatura única e até relevava a ideia entorno de Simone para disputar a presidência, já está dando para trás, após o episódio.

Conforme publicação do Estadão, o União Brasil acredita que a senadora padece do mesmo problema de João Doria (PSDB): não consegue unificar nem o próprio partido em torno de seu nome. Com isso, a cúpula convocou reunião da executiva para amanhã e deve deliberar pelo lançamento de Luciano Bivar como presidenciável. Sérgio Moro nem foi cogitado. 

Para apagar o incêndio, Simone disse durante entrevista na manhã desta quarta-feira (13), a CNN que vai dialogar com os representantes do partido no nordeste.

“Vamos conversar com todos os companheiros, e não vejo esse foco de dissidência como algo anormal. O MDB é o maior partido do Brasil, com prefeitos, vice-prefeitos e maior número de filiados. É um partido em movimento, e democrático. Sempre se discute e dialoga, não temos a unanimidade do partido, mas tenho certeza que teremos a unidade.”

Simone diz que o MDB sabe do momento de polarização na política,  ideológica entre a esquerda e direita, de  inflação, do endividamento, e da miséria com pessoas passando fome. E por isso, esses líderes vão acabar optando pela unidade partidária.