Um morador do Jardim Batistão, região sul de Campo Grande, transformou-se em sinônimo de iniciativa frente à inércia do Poder Público. Esperando pelo asfalto há 15 anos, ele resolveu improvisar a pavimentação na porta da própria casa.
Evaldo Correa é pintor e mora na Travessa Uruguai. Em frente do imóvel, é possível ver uma fina camada de pavimentação asfáltica
levar para o lixão e solicitei que mandassem para cá. Aí, com a ajuda de um trator da concessionária de água e esgoto consegui espalhar a lama asfáltica. Não ficou bom, mas pelo menos irá ajudar nas horas de chuva", explica Evaldo, que alega ter ‘ganhado’ o material.Versão que a esposa dele acaba contradizendo, demonstrando até irritação com a presença da reportagem. “Já é o quinto jornal que aparece aqui. Meu marido sempre teve que pagar para carpirem o mato que cresce ao lado, já teve que aterrar a frente para ficar transitável a rua, senão fica uma erosão que não dá nem pra entrar em casa, e nunca veio jornal aqui. Agora, se compra o asfalto todo mundo faz a notícia e o pior: não divulga tudo que falamos sobre os problemas do bairro”, desabafa.
As carências do Batistão sobre as quais o casal fala, além do asfalto self-service, dizem respeito ao asfaltamento que o Poder Público prometeu há 15 anos, segundo os moradores. Além disso, eles dizem que as imediações da casa vivem a ameaça de usuários de drogas, que se escondem nos terrenos baldios, tomados por mato alto e sujeira, conforme o Jornal Midiamax conferiu in loco.
Consequências
A massa asfáltica conseguida por Evaldo seria descarte de uma utilização do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte). No entanto, ele não confirma ter avisado à Prefeitura sobre o procedimento, muito menos sobre a implantação do asfalto na esquina da sua casa.
A Agetran (Agência Municipal de Trânsito da Capital) recomenda que o Poder Executivo Municipal seja avisado sobre a instalação de sinalizações, equipamentos viários ou colocação de camadas em ruas da cidade. Para isso, o cidadão pode entrar em contato com o Departamento de Engenharia de Trânsito da Prefeitura (no 3314-3395) ou com as divisões de Projetos Viários (no 3314-3409) ou na Divisão de Sinalização Semafórica (3314-3411).
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