A Sociedade Brasileira de Dermatologia de MS fez o alerta para as pessoas observarem os sintomas da doença.

Carrapato tem que ficar mais de 4 horas na pele para contaminar com febre maculosa, diz instituto
Imagem ilustrativa. / Foto: Jerry Kirkhart / Wikimedia

A presidente da SBD/MS (Sociedade Brasileira de Dermatologia de MS), Elza Garcia, alerta que em casos de sintomas semelhantes ao de febre maculosa, o paciente deve buscar imediatamente ajuda médica e explica que a prevenção é extremamente importante.

“Infelizmente o controle químico contra carrapatos é ineficaz, sendo assim é fundamental que a população tenha cuidados durante passeios em fazendas, parques, beiras de lagos, onde há acúmulos de folhas sobre o solo e animais como: cavalos, bois, capivaras e gambás”.

Segundo a presidente da SBD/MS, Elza Garcia, para haver a contaminação no ser humano, é necessário que o carrapato permaneça em contato com a pele por mais de quatro horas: “a orientação é fazer uma inspeção no próprio corpo após os passeios, além disso, a remoção do inseto transmissor precisa ser feita de maneira cuidadosa com pinça, sem esmagá-lo. É possível ainda usar álcool para fazer com que o carrapato desgrude da pele de maneira mais fácil”.

Febre maculosa

A Febre Maculosa, também conhecida como Febre das Capivaras, é uma doença causada pela bactéria Gram negativa Rickettisia rickettsii e é equivalente à Rocky Mountain Spotted Fever.

A infecção transmitida por carrapatos (principalmente os do gênero Amblyomma, os carrapatos-estrela) é altamente letal e seus sintomas se iniciam de modo brusco, com um estado gripal que causa febre, cefaleia e mialgias e que se prolonga por duas a três semanas.

Por volta do terceiro ou quarto dia, surge uma erupção eritematosa maculopapular, de tonalidade pálida, que se inicia na região dos punhos e tornozelos, podendo se disseminar para membros inferiores, superiores e tronco.

Com aproximadamente seis dias, as lesões podem assumir um aspecto purpúrico (por formação de petéquias), o que é um fator indicador de gravidade da doença, pois indica o surgimento de uma vasculite generalizada decorrente da multiplicação do agente nas células endoteliais de pequenos vasos.

A Febre Maculosa pode evoluir sem sintomas ou em sintomas não atenuados, mas alguns casos provocam necroses cutâneas extensas nas áreas onde se instalam sufusões hemorrágicas. Torpor, agitação psicomotora e sinais meníngeos são frequentes. A face torna-se congesta e infiltrada, com edema peripalpebral e injeção conjuntival. É possível observar tosse e hipotensão arterial. A letalidade pode chegar a 60% dos doentes.