Casal viajou com grupo de amigos à Índia. Eles levaram roupas para ficar dois dias na montanha antes do país asiático decretar isolamento social.

O casal sul-mato-grossense Abhishek J e Renata Salmazo, a Prema, estão "presos" no topo da Cordilheira do Himalaia, na Índia, desde o dia 24 de março após o governo impor o maior isolamento social do mundo por conta da coronavírus. Os dois, que são de Campo Grande, faziam uma viagem de 21 dias pelo país e resolveram estender um pouco o passeio para conhecer a famosa montanha.

Com o isolamento forçado, eles permanecem em uma vila de casas da cordilheira.

A Índia começou o maior isolamento de população do mundo, depois de um pronunciamento do primeiro-ministro Narendra Modi na TV. Ele pediu para que a população de 1,3 bilhão de pessoas fique em casa para se prevenir da contaminação pelo novo coronavírus.

"Subimos com roupas para dois dias. Agora estamos aqui há mais de dez dias", explica Prema. Abhishek J ainda acrescenta: "Temos que ficar no mínimo até o dia 15 de abril, período que completa a quarentena de 21 dias, mas tudo indica que essa [quarentena] vai se estender", lamenta.Segundo o casal, que trabalha com instrução de meditação, a companhia aérea cancelou as passagens e informou que os dois não podem retornar neste momento para o Brasil: "Não sabemos quando vamos poder voltar para o nosso país e até quando iremos poder nos locomover aqui dentro da Índia", explicou Abhishek.

O instrutor ainda contou que apesar de ter sinal de internet na montanha, a situação no local é um pouco precária. Não há mercados ou farmácias e quando precisam de algo, apenas algumas pessoas da vila descem para buscar produtos: "Estamos esperando tudo isso resolver para que possamos voltar para a casa. Estamos usando esse tempo da melhor forma possível para meditar", explica.

O casal ainda tem usado as redes sociais para oferecer meditação para as pessoas que estão no Brasil, que segundo eles, é uma forma de estarem conectados e aproveitar este tempo de quarentena de forma produtiva.