Uma consumidora se sentiu enganada depois de se associar ao Águas do Pantanal Clube, que fica na BR-262, na saída para Três Lagoas, em Campo Grande. A mulher, que prefere não se identificar, diz que foi seduzida depois de analisar as fotos na rede social. Na página do clube no Facebook, as imagens impressionam e levam a crer que o local com piscinas, tobogã, bar molhado, lago, parque infantil e quiosques é uma opção para programas familiares.
Segundo a consumidora, em torno de 15 dias após assinar o contrato com o clube, ela levou a família para conhecer o local. “Ficamos decepcionados quando vimos. A primeira impressão é de abandono e falta de segurança. Não tinha nem banheiro para usarmos. Só foi o tempo de tirarmos as fotos do local e sairmos de lá”, relata.
A mulher afirma que depois de deixar o clube tentou falar com a administração do local, para pedir o reembolso, mas que o contato só foi possível um dia depois e sem sucesso. “O endereço do escritório do clube não corresponde com o informado na página da rede social, então, liguei e eles disseram que não tinha devolução porque no contrato especifica que o ressarcimento só ocorria no prazo de até 7 dias após a assinatura do contrato e orientou que eu procurasse os meus direitos. Me senti lesada, enganada”, afirma.
Com as imagens do local, o caso foi levado ao Procon e a consumidora aguarda na expectativa de conseguir o reembolso. “Confiei nas fotos que vi na página do clube no Facebook, mas chegando lá não encontrei nada daquilo. Cadê as fiscalizações? Quero meu dinheiro de volta”, enfatiza.
A superintendente do Procon (Proteção de Defesa do consumidor), Rosimeire Cecília da Costa, alerta que nesses casos a empresa deve fazer o ressarcimento do valor pago. “Isso é publicidade enganosa. Nesses contratos padrões tem a questão da não devolução, mas como houve quebra das condições dada pela própria empresa, o consumidor tem o direito de ser reembolsado porque foi induzido à contratação com base nas fotos”, garante.
O Procon explica ainda que se não houver acordo durante a audiência de conciliação, o nome da empresa é inserido no cadastro estadual de reclamações fundamentadas e o caso é encaminhado ao poder judiciário. A empresa também poderá ser penalizada com multa que varia entre R$ 80,00 e R$ 3 milhões.
A equipe de reportagem do Jornal Midiamax tentou falar com os responsáveis pelo clube, mas o telefone fixo informado não existe e os celulares estavam desligados.
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