O produtor e engenheiro agrônomo, Alisson Alceu Hilgenberg, de Ponta Grossa (PR), alcançou o que foi considerado um recorde de produtividade 141,79 sacas de soja por hectare. O número, que corresponde a 8.507 quilos do grão por hectare, fez com que ele levasse o título de campeão no Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja, prêmio organizado pelo Cesb - Comitê Estratégico Soja Brasil e apresentado no primeiro dia da Bienal dos Negócios da Agricultura Brasil Central, em Campo Grande, evento realizado pela Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS em parceria com as federações do Centro-Oeste.
A Bienal da Agricultura acontece a cada dois anos, realizada rotativamente nas capitais dos Estados do Centro-oeste. A primeira ocorreu em Goiânia, a segunda em Cuiabá e agora é a vez da capital sul-mato-grossense. A Bienal é organizada pelas federações de agricultura e pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Mato Grosso (Famato), Goiás (Faeg) e Distrito Federal (Fape-DF). Esta edição acontece nos dias 31 de agosto e 1º de setembro e tem como tema “Conectando o campo e a cidade".
O número ultrapassa em 195% a média nacional que é de 48 sacas e supera em 18,2% a meta estabelecida pelo Cesb para esta que é a 7ª edição, que é de 120 sacas. O segredo do sucesso na competição não foi algo conquistado em pouco tempo. Há mais de três décadas, a família de Hilgenberg iniciou a correção de solo com um programa de rotação de cultura dentro do sistema de plantio direto. A escolha da cultivar, as técnicas e cuidados na qualidade de semeadura da soja, além de boas condições climáticas desse ano levaram o produtor a apresentar o excelente resultado.
De acordo com Luiz Nery Ribas, presidente do Cesb, a tradição de plantio dos Hilgenberg retrata bem o trabalho realizado por grande parte dos vencedores do Desafio. “Não é de um dia para outro que um produtor consegue alcançar 100 sacas por hectare. Esse é um trabalho que leva anos para se desenvolver”, comenta. “São necessárias dedicação e experimentação, mas também precisa haver a convergência de diversos fatores, como as boas condições climáticas, um excelente perfil do solo, o uso de cultivares que preenchem todos os requisitos para alta produtividade e os ajustes finos do sistema de produção.”
O Desafio é dividido em duas categorias: soja irrigada e não irrigada (de sequeiro). Na primeira, é premiado apenas um Campeão Nacional; na segunda, são contemplados, além do Campeão Nacional, os Campeões Municipais, Estaduais e Regionais (Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte/Nordeste). Os vencedores nacionais e regionais ganharam, como prêmio, uma viagem técnica aos Estados Unidos, que ocorreu entre os dias 1 e 9 de agosto e incluiu visitas a culturas de soja de alta produtividade, centros de pesquisa e universidades. Aos campeões estaduais e municipais, o CESB forneceu um certificado de reconhecimento, que os identificará como referência em produtividade de soja no Brasil.
Durante o Fórum, foram premiados e apresentados os cases de cinco produtores e consultores campeões:
Área irrigada
Campeão Nacional
Produtor: Leonardo Latalisa França
Consultor: Lucas Gontijo Araújo
Brasilândia de Minas (MG)
Resultado: 113,32 sacas por hectare
Área não irrigada
Campeão Nacional e Regional Sul
Produtor: Alisson Hilgenberg
Consultor: Vilson Hilgenberg
Ponta Grossa (PR)
Resultado: 141,79 sacas por hectare
Campeão Regional Centro-Oeste
Produtor: Arthur Exley Edwards
Consultor: Antonio Cavicchioli Pereira Neto
Ponta Porã (MS)
Resultado: 127,17 sacas por hectare
Campeão Regional Sudeste
Produtora: Elizana Baldissera Paranhos
Consultor: João Paulo de Sá Dantas
Capão Bonito (SP)
Resultado: 122,99 sacas por hectare
Campeão Regional Norte/Nordeste
Produtor: Rui Luiz Gaio
Consultor: Ivair Gomes
Correntina (BA)
Resultado: 112,44 sacas por hectare
Sobre a Bienal - A Bienal dos Negócios da Agricultura Brasil Central é vitrine do agronegócio da região Centro-Oeste. Traz para discussão os temas mais emergentes do setor e já está na agenda dos principais eventos agro do País. A vitrine do agronegócio vai mostrar as potencialidades do setor no Centro-oeste, considerado o eixo do agronegócio. É realizada a cada dois anos, rotativamente nas capitais dos Estados do Centro-oeste. A primeira ocorreu em Goiânia, a segunda em Cuiabá e agora é a vez da capital sul-mato-grossense. A Bienal é organizada pelas federações de agricultura e pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Mato Grosso (Famato), Goiás (Faeg) e Distrito Federal (Fape-DF).
A Bienal tem patrocínio do Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Senar – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Monsanto, Bayer, Dow, Basf, Governo Federal, Caixa Econômica Federal e OCB Centro-Oeste - Organização das Cooperativas do Brasil.
O evento conta com o apoio do Governo do Estado de MS, da Aprosoja/MS, da Fundems - Fundo para o Desenvolvimento das Culturas de Milho e Soja, da Fundect - Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul, da Abrass - Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja, do Sicredi e do Banco do Brasil.
Conta também com o apoio institucional do Crea/MS - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de MS, da Embrapa e da Fundação MS e é realizado em parceria com o SBA - Sistema Brasileiro do Agronegócio, com a TV Morena, com o SBA - Sistema Brasileira do Agronegócio, com a UCDB e com a Revista Granja. Para mais informações, acesse www.bienaldaagricultura.com.br ou baixe o aplicativo da Bienal da Agricultura disponível no App Store e Play Store.
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