Atoleiros e buracos têm prejudicado a vida de dezenas de famílias de produtores rurais na linha do Barreirinho, zona rural de Dourados. As chuvas registradas nas últimas semanas ajudou a desenvolver as culturas, como a soja, em fase de colheita, por outro lado trouxe aborrecimento na hora de escoar a produção, pois as estradas ficam intransitáveis.
Esse problema é antigo e os moradores estão cansados de falsas promessas, como cascalhamento, anunciado pelo poder público no ano passado. Fernando Aparecido da Silva, de 32 anos, cultivou 340 hectares de soja junto com o pai. Com 50% do grão colhido, ele diz que para driblar o atoleiro faz um desvio de aproximadamente 10 quilômetros, até chegar na cooperativa onde ele entrega a soja.
“Sempre foi assim. Toda vez que chove temos que esperar entre dois a três dias para só depois colocar o caminhão na estrada”, contra o produtor rural. A propriedade da família dele fica no Travessão do Barreirinho, uma das mais castigadas. “A manutenção na estrada é feita no máximo uma vez ao ano e a última ocorreu entre agosto e setembro do ano passado”, disse.
Ao longo das estradas há várias caixas de contenção de água, buracos cavados ao lado das pistas para receber a chuva e evitar que a água emposse nas estradas. Acontece que muitas dessas contenções estão tomadas pela lama.
O Travessão do Barreirinho parte da rodovia BR-163 até o Rio Dourado, numa extensão de cerca de 20 quilômetros, e atravessa uma região de aproximadamente 60 propriedades rurais (sítios) que, em sua maioria, mantém atividade agrícola. Ontem, a equipe do Douradosagora esteve no local e registrou a insatisfação de muitos produtores rurais.
Maria Feliciano diz que o atoleiro, ainda, prejudica a entrada do ônibus escolar no Barreirinho. “Infelizmente as crianças perdem aula porque o transporte não passa em dias de chuva”, explica. Os moradores se dizem abandonados e aguardam uma solução para resolver o impasse. “Entra governo e sai governo e continuamos assim, esquecidos”, lamenta a sitiante.
Na região do Potrerito a situação não é diferente e os produtores também se dizem esquecidos pelo poder público. A lama toma conta das estradas, impossibilitando trafegar de carro pequeno e grande.
Distrito Industrial
No Distrito Industrial (DID), o problema não é diferente. Empresários, que também acionaram a equipe de reportagem do jornal Douradosagora, mostraram ruas esburacadas, que dificultam o escoamento da produção industrial no DID de Dourados.
A rua 3, uma das mais afetadas por conta da buraqueira, é justamente uma "artéria" principal do parque industrial já que viabiliza o acesso às diversas indústrias, como Avipal, Bunge, Farinheira São Francisco, o curtume, silos de grãos, entre outras que acabam sendo prejudicadas pelo difícil acesso.
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